sábado, 28 de julho de 2012

Anagramas e Políndromos


 POLÍNDROMOS OU ANAGRAMAS
            Os Anagramas ou Polindromos são palavras que podem ser lidas de trás para frente e constituem-se na mesma  palavra ou outra diferente
 Os anagramas que de trás para frente se lêem a mesma palavra são classificados de anagramas perfeitos (ANA). São raras as palavras que apresentam esta modalidade e frases, então, nem se conta, porém, aquelas que são lidas ao contrário e se vê a mesma coisa, como se vistas num espelho
Abaixo podemos apreciar uma relação delas: 
Arara
Ara
Reviver
Somamos
A vala lava
Mamam
Solos
Siris
Mim
Rever
A lata e a tala
A Fofa
Reger
Seres
Ele
Melem
Soros
Sairias
Osso
Reter
Aérea
Aja
Sapas
Sãs
Anilina
Matam
Somos
Socos
Merecerem
Rener
A dor e a roda
A casa e a saca
Rapar
Sararas
Esse
Metem
Socós
Saias
O coco
Ralar
Abacaba
Aba
Sedes
Sebes
A Fifa
Mutum
Sonos
Setes
Missa é assim
Radar
Aboba
A dama amada
Reler
Sururus
Erre
Medem
Sagas
Sopapos
Oco
Raiar
A capa e a paca
Ata
Sus
Saras
Ama
Mês  e sem
Salas
Ururu
Ovo
Rir
Aia
Siriris
Rotor
Somemos
E tem e mete
Sós
Sacas
Sanas
O bolo e o lobo

A cama e a maca
Ala
Omo
Reger
A mima
Mirim


 
Frases que causam Políndromos mais conhecidas
  As frases que se seguem darão um bom exemplo do que são os políndromos ou anagramas, pois olhando-os de trás pra frente poderão ser vistos a mesma coisa.   
(o maior deles está destacado)
A babá babA
A base desatola calotas e desabA
A base do teto desabA
A bola da lobA
A breve verbA
A camarada ia dar a macA
A cara rajada da jararacA
A cutucada cutucA
A cera causa a sua carecA
A cobaia vai à bocA
A comadre herda moçA
Acorde, PedrocA
A dama cai acamadA
A dama gamadA
Adias a saídA
A dica é ácidA
A diva em Argel alegra-me a vidA
A dor arretada terra rodA
A dose de sodA
A droga da gordA
A droga do dote é todo da gordA
Afaga pá e apaga fÃ
Agora sua causa rogA
A grama é amargA
Ah! Na manhA...
Aí, é legal, a geléiA
Aí rufa a fúriA
Alê e ele mamam ele e elA
Ali ela vacila e ali cava, Leila
Alô, bolA!
A maca adia a ida à camA
Amada dama, o dia cai. Dia caído, amada damA
A mala nada na lamA
Amar a muda duma ramA
À margem metem e remetem-me gramA
A Marta tramA
A matuta mÁ
Ame a emA
Ame o poemA
Ame o povo, poemA
A moda domA
A moderada mãe é amada redomA
A morte do galo no lago de TromA
Anis é resinA
Anita se desatinA
A nota é atonA
Anotaram a data da maratonA
Anotaram a maratonA
A porta rangia à ignara tropA
Após a sopA
A rara ararA
Arca sacrA
Argamassa magrA
Ari me mirA
Ari me tem irA
Ari vê o muro no rumo e virA
Arroz é zorrA
A rua pauta a tua paúrA
A sacada da casA
Assim a aia ia a missA
A sua pausA
Atai a gaiola saloia gaiatA
A tal atA
A tal latA
Até o poder do povo é ovo podre do poetA
Até o poetA
Até Reagan sibarita tira bisnaga eretA
Aterram moço com marretA
Ato idiotA
A tora na rotA
A torre da derrotA
Atraca a cartA
A trama da MartA
Atrever asa causa na sua casa: revertA!
A tropa na portA
A tua pautA
Aturar a ararutA
Aura da lua é aula da ruA
A vaidosa moça é de fé de aço, mas odiavA
A vara varavA
Avaro oravA
A vilã Sara salivA...
É, amor, eu quero mãE
E até o Papa poeta É
Ela vale!
Ela voava o valE
Ele, agora, roga e lÊ
Ele pode por acaso sacar o pé do PelÉ
É mui choro, dor. Oh, ciúmE!
E, na ideal lá e dia, nÉ?
É para lixar axilar à pÉ!
É Raul, luar É
Erda mó caso para a raposa comadrE
Errar gol é lograr rÉ
Erro comum ocorrE
É, tio, na Somália bailamos à noitE
u? uÉ...
Eva, asse e pape essa avE
Há o pito do tipo: AH!
Iná ria da IranI
Iná viajará já, Ivani
Ir lá matar rata mal, rI
Laço bacana para panaca boçaL
Lá na cabana, bacanaL!
Lá tem metaL
Leonor ama RonoeL
Levar odara e dádiva: a vida de ar adoráveL
Libânio, o inábil
Liga: se sobes sebos és ágiL
Luza Rocelina, a namorada do Manuel, leu na Moda da Romana: anil é cor azuL
Luz azuL
Marujos só juraM
Me vê se a panela da moça é de aço,
Madalena Paes, e veM
Mirim, somos miriM
Morram após a sopa marroM
O alemão doa melãO
O ânimo domina-O
O ano do nãO
O azarado teme toda razãO 
O baronato bota no rabO
O bolo do lobO
O breve verbO
O caso, eu que o sacO
O caso: sem ré herda pouco cu o padre hermes. O sacO...
O certo ar vil e me livra o trecO
O céu suecO           
O cio na rapariga agirá paranóicO
O copo no poçO
Ódio do doidO
Ó, e reter o mar é ter amor etéreO
O galo no lagO
O gol! e logO!
Oh! Leva carta sem o dote
e todo mês atraca velhO
Oi, dê-me remédiO!
Olá. Grata, Mara. Passe na Vanessa para matar galO
O lobo ama o bolO
O mar de pedra mÓ
O medo do bar e rabo do demO
O mero remador roda mero remO
O mito aperta dama e amada trepa ótimO
O mito ótimO
O Momo cavalo lava com Omo
O namoro do romanO
O nó do donO
O pó de cocaína mata maníaco cedo, pÔ!
Orava eu na fila com o califa nu e avarO
Orava o avarO
Ore sim, míserO
O rio e ramo do mar e oirO
Oro com o corO
O romano acata amores a damas amadas e Roma ataca o namorO
O rude é durO
O rumo do murO
O seboso sobe sÓ
O seguro só ruge sÓ
O soro pavoroso é o soro vaporosO
O tacapé é pacatO
O teu drama é amar duetO
O teu guetO
O tipo do pitO
Oto come doce seco de mocotÓ
Oto, me dê motO
Oto vê devotO
Oto vê dono de votO
O treco certO
O trote do bode tortO
O tutameia sai. É matutO
Ovo novO
O vôo do ovO
Ramon atlas erro comum ocorre salta no maR
Reter e rever para prever e reteR
Rezar pelo sol é prazeR
Rezo credo para poder cozeR
Rir é feriR
Rir: o breve verbo riR
Roma é amoR
Roma me tem amoR
Rola com o caloR
Sá dá tapas e sapatadaS
Saiba-se: Ocidepo trouxe Exu ortopédico e sabiáS
Sair e tolerar e... loteriaS!
Saíram o tio e oito MariaS
Saíram o tio Sá e as oito MariaS
Salta esse Atlas
Sapos mamam sopaS
Sauna: Há nuaS
Seco de raiva, coloco no colo caviar e doceS
Sem ré herda pouco cu o padre Hermes
Se vejo horas saro hoje, vêS?
Soa como caoS
Só a megera rege mãoS
Socorram-me em MarrocoS
Socorram-me, subi no ônibus em MarrocoS
Só lê seloS
Salta o açor e roça o atlaS
Social, soa a tema meta aos laicoS
Só renego gêneroS
Sós, reveses e teses. E versoS?
Sua paranóica vó ovacionará pauS
Subi no ônibuS
Tucano na CuT
Ué, ó droga, gordo eU?
Zé de Lima, rua Laura mil e deZ
 
Há ainda aqueles anagramas imperfeitos, cuja inversão se tem outra palavra, como são os casos dos seguintes vocábulos:
Amor
A diva
Macas
O Lisa
Sonsa
Atira
Avon
Morram
Ora
Sair
Atlas
Atar
Meus
Olá
Sues
Ator
Aula
Massa
O nu
Saraiva
Amargo
Amam
Marreta
Orca
Sim
Asilo
Arava
Menu
Rota
Solar
Alô
Alam
Mela
Roma
Sina
A Vida
Acenos
Medes
Raro
Saibas
Após
Asila
Maratona
Ramo
Sarar
A dor
Aviar
Matem
Roda
Seiva
Arroz
Arval
Males
Rias
Selos
Avós
Aroma
Metam
Rara
Alume
Aluna
Missa
Rales
Sam
Amar
Evita
Noel
Raro
Somar
Atrever
Eiva
Nova
Rabuda
Saramos
Argos
Eles
Orem
Ramos
Sacode
Ages
Ema
Ocas
Rales
Acata
E docas
Oras
Rama
Sopas
Atraca
Eras
Os
Sopa
Servil
Avó
Em
O grama
Sedem
Sabias
Arre
Lana
Omar
Super
Saia
Aturara
Lâmina
Ótimo
Soma
Uno
Argolam
Leon
Orar
Suam
Zorra
Aro
Latem
O mito
Salta
 
A Rita
Me
Odor
Sereno
 
Além
Mas
Oval
Sapos
 
Animal
Malucam
Ora
Saro
 
 
Ainda há a possibilidade de haver uma terceira forma de apresentação de anagramas, quando fazemos as transposições de letras da palavra para dar outra, como se fosse um quebra cabeça, contudo há de convir que esse processo se realiza utilizando-se todas as letras da palavra, perfeitamente, como:
Natércia = Catarina
América = Iracema
Alice = Célia



28/7/2012



sábado, 7 de julho de 2012

Poesia Matemática


Poesia Matemática
Millôr Fernandes

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Texto extraído do livro "
Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Funções da Linguagem

Conteúdo recorrente em concursos, certificações e similares é o que diz respeito às funções da Linguagem. Em todas as relações  que mantemos usamos diversas funções de linguagem.
Eis aqui um apontamento.
Antes de estudarmos Funções de Linguagem, é essencial que tenhamos o conhecimento de alguns elementos da comunicação:
a) Emissor ou destinador: é de onde se parti a mensagem;
b) Mensagem: é o conteúdo informativo que está sendo transmitido;
c) Receptor ou destinatário: é o alvo do emissor para receber a mensagem transmitida;
d) Canal de Comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Visual, auditivo ou sinestésico (visual e auditivo);
e) Código: é a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por um conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras. Pode ser através da fala, escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento do emissor e do receptor;
f) Contexto ou Referente: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere. 
 
Eis as Funções:

FUNÇÃO REFERENCIAL, DENOTATIVA ou INFORMATIVA

Centrada no referente (informações da realidade).
Sua finalidade é Traduzir a realidade, o sentido real das coisas. Preocupa-se com a mensagem. Objetiva, direta, denotativa.
Caracteriza-se pela neutralidade do emissor; objetividade e precisão; conteúdo informacional; verbos na 3ª pessoa.
Exemplos: Textos jornalísticos, científicos, arte realista, cartas comerciais, redações técnicas, manuais de instruções, bulas de remédios, relatórios, resenhas, resumos, informes e descrições. Na propaganda – informações gerais sobre o produto ou serviço. 
 
FUNÇÃO EMOTIVA ou EXPRESSIVA
Centralizada no O emissor (sua opinião, emoção, atitude)
Tem por finalidade expressar opiniões, emoções, sentimentos, atitude em relação ao conteúdo.
Suas características são: Verbos e pronomes em 1ª pessoa, julgamentos subjetivos, interjeições com valor emotivo; entonações características (oral); figuras literárias; criações literárias.
Exemplos: Autobiografias, cartas de amor, cartas líricas, memórias, poesias líricas, biografias. Na propaganda  quando o comercial é feito por meio de testemunho de pessoas conhecidas publicamente (artistas, desportistas, etc.) que expressam suas opiniões sobre o produto ou serviço anunciado. 
 
*       De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Vinícius de Morais
 http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-as-funcoes-linguagem.htm#questao490         Acessado em: 03/7/2012    
                    
FUNÇÃO CONATIVA ou APELATIVA
Centraliza-se no  receptor (destinatário)
Tem por objetivo convencer o receptor a praticar determinada ação, ou seja, influenciar o comportamento do destinatário da mensagem.
Caracteriza-se por apresentar verbos no imperativo na 2ª ou 3ª pessoa; uso de vocativos; uso de pronomes de 2ª pessoa – tu, vós, você, vocês.
Exemplos: Textos publicitários e políticos, linguagem comum, sermões, propagandas, figuras de linguagem.
Exemplo:
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse:
Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende.
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas paixões de homem feito e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio.
Menino perdido, menino de engenho.
José Lins do Rego - Menino de Engenho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983.

Tem-se na fala de José Paulino exemplo de função de linguagem denominada conativa ou apelativa.

http://vestiweb.blogspot.com.br/2012/05/exercicios-funcao-da-linguagem-e-do-que.html                                 Acessado em: 03/7/2012

FUNÇAO METALINGUÍSTICA
Centraliza-se no código.
Objetiva dar explicações ou dar precisão ao código utilizado pelo emissor. Falar da própria linguagem, a língua como forma de expressão. Fornecer informações conceituais, definições e explicações.
Características: Usa-se o código para falar dele mesmo: literatura, pintura, cinema, música, etc.
Uso de expressões como “isto é”, ”ou seja,”, “quer dizer”.
A língua é um sistema de signos que exprime ideias.
Exemplos: Gramática, dicionário, a poesia que fala da poesia, um texto que comenta outro texto, textos explicativos e didáticos, linguagem científica, comentários descritivos de imagens, análises, propaganda de propaganda, sinais de trânsito, etc.
Exemplo:
 
POÉTICA

Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11399  Acessado em: 03/7/2012

 
FUNÇÃO FÁTICA ou de CONTATO
Centraliza-se no  canal  (o contato físico ou psicológico)
Finalidade: Chamar a atenção do receptor e assegurar que este não se distraia. Prolongar ou interromper a comunicação. Tudo o que na mensagem serve para estabelecer,  manter ou cortar o contato.
Caracteriza-se pela manifestação do desejo de comunicação e pela  manutenção dos vínculos sociais.
Exemplos: As falas telefônicas e informais, a música, os cumprimentos
 
     A ascensorista e o viúvo trataram-se  como sempre:

-Tudo bem com você?
- Tudo. E você?
-Tudo bem!
-Ah... Até mais tarde.
-Até mais tarde

http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-as-funcoes-linguagem.htm#resposta-490    03/7/2012     Acessado em: 03/7/2012

Alô! Você está me ouvindo? Um momento, por favor. Vou desligar

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11399   Acessado em: 03/7/2012
" - Que coisa, né?
- É. Puxa vida!
- Ora, droga!
- Bolas!
- Que troço!
- Coisa de louco!
- É!"

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11399   Acessado em: 03/7/2012
Um outro exemplo de função fática:
extraído de “ a hora da estrela” de Clarisse Lispector.
“Enfim o que acontecer, acontecera. e por quanto nada aconteceria, os dois não sabiam inventar acontecimentos. sentavam- se no que é de graça: banco de praça pública. e de acomodados, nada os destinguiria do resto do nada. para a grande glória de deus. ele fala:
ele:- pois é!
ela:- pois é o que?
ele:- eu só disse pois é!
ela:- mas pois é o que?
ele:- melhor mudar- mos de assunto por que você não me entende.
ela:- entende o que?
ele:- santa virgem Macabéa, vamos mudar de assunto e já! 



FUNÇÃO POÉTICA
Está centrada na  própria mensagem
Seu objetivo é Suplementar ou modificar o sentido denotativo da mensagem. É dominante na poesia mas vai além desta.
Suas Características são: Ritmo; Jogo das sonoridades; Estrutura; Grafismo; Espacialidade; Figuras de harmonia, repetição e pensamento.
Exemplos: Textos literários, poesias e versos, propaganda.

O verbo infinitivo

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11399
Acessado em: 03/7/2012


A função poética é mais comum em textos literários, especialmente nos poemas que enfatizam com mais frequência a subjetividade. Todavia podemos encontrar esse tipo de função nos anúncios publicitários e na prosa, bem como aliada aos demais tipos de função, como a emotiva.
Anúncio publicitário:
"Chegou o milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!" (propaganda Omo, 1957)