sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Guns N' Roses - Sweet Child O' Mine

Guns N' Roses - November Rain

Scorpions - Wind Of Change

Cyndi Lauper - Time After Time

Cyndi Lauper - Girls Just Want To Have Fun (Official Video)

I Want It All (Queen Rocks)

Queen - A Kind of Magic (Official Video)

Queen - somebody to love

Queen - 'The Show Must Go On' (Music Video)

Queen - Don't Stop Me Now (Official Video)

Queen - I Want To Break Free (High Quality)

Queen - Bohemian Rhapsody (Official Video)

Pink Floyd - Another Brick In The Wall (HQ)

Led Zeppelin-Stairway to Heaven

A Whiter Shade Of Pale - Procol Harum

San Francisco • Original • Scott McKenzie • 1967

The Mamas & The Papas - Monday Monday

California Dreamin - Mamas & The Papas

The Animals - The House of the Rising Sun (Excellent video and audio qua...

Eagles - Hotel California (Lyrics)

Rod Stewart - Sailing

Whitney Houston - I Will Always Love You 1999 Live Video HQ

USA FOR AFRICA - We Are The World

Queen - Love of my life - legendado em portugues

Freddie Mercury and Montserrat Caballe - How can I go on (Legendado em P...

Queen - Who Wants to Live Forever - Legendado

Queen - We are the champions (Legendado)

sábado, 22 de novembro de 2014

Como no Tratado de Tordesilhas



COMO NO TRATADO DE TORDESILHAS

Por José Gomes

A questão da má distribuição da água no território do Brasil e sua consequente escassez no Nordeste tem sido uma constante desde o nascimento desse país.
Até bem pouco tempo, um ano, dezoito meses, talvez, o “privilégio” de ser “flagelado” era exclusivo dos brasileiros nordestinos. Agora, essa “honra?” é compartilhada com os patrícios do Sudeste e, quiçá, do Sul.
Quem estudou a História do Brasil com atenção, seguramente se lembra da linha de Tordesilhas, que dividia as terras sul-americanas, mesmo ainda desconhecidas, entre Portugal (que ficaria com o leste – atual Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil), e a Espanha (que se apossaria da porção oeste).
Se examinarmos o mapa hidrográfico brasileiro, considerando-se a questão aquática, veremos que há uma partilha idêntica àquela do Tratado de Tordesilhas: temos no Oeste as regiões Norte e Centro-Oeste, riquíssimas do “líquido vitral”, e a banda leste, incluindo as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, desfavorecidas pela distribuição desigual da água.
É o Brasil o país com maior potencial de água doce de todo o Planeta Terra. O Nordeste tem sofrido ao longo dos séculos, pela escassez ou falta total  da água em determinadas zonas. Um enorme paradoxo num país considerado continental e rico em recursos hídricos.
Na atualidade, o drama vivido pelos sertanejos passou a ser encenado também pelos habitantes do Sudeste e do Sul, onde represas ou barragens que abastecem imensas populações, estão em colapso total, pela falta de chuvas e, principalmente, de visão de futuro de gestores do passado, que não pensaram no aumento populacional me, consequentemente, da demanda pelo líquido ‘incolor’.
É gravíssimo o problema do esgotamento da água ao leste da “linha de Tordesilhas”. A água segue acabando numa velocidade sem precedentes, numa rapidez infreável, como que querendo deixar tórrida toda a faixa atlântica brasileira.
Quando essa questão era restrita ao Nordeste, idéias do governo federal foram aventadas na tentativa de minorar o problema. Inclusive, no Segundo Império, D. Pedro II, em visita à região, e presenciando o sofrimento dos sertanejos, emocionado com o que vira, prometeu vender a última pedra preciosa da sua coroa, se preciso fosse, para ajudar os nordestinos no combate ao flagelo das secas. Tal jóia imperial deve estar intacta em algum museu, talvez o Museu Imperial de Petrópolis.
Em tempo mais recente, começou a ser levada a cabo a transposição do Rio São Francisco, um ato que realiza um sonho que também foi do nosso segundo imperador.
As conseqüências de se transpor as águas do “rio da unidade nacional”, estão sendo vividas por aqueles que habitam o entorno dos canais e por aqueles que foram obrigados a mudarem-se dos seus locais primitivos. Como se justifica transpor um rio cuja nascente principal já está morta? O “Velho Chico”, tão senil e na UTI, vai perecendo com o volume de água que vai  minguando na sua veia.
Face a essa questão da mais elevada gravidade, pergunta-se: Por que não comprar de Israel a tecnologia do conduto nacional?
Seguindo o exemplo israelense e empregando a tecnologia de lá, poder-se-ia transpor as águas do Oeste da linha de Tordesilhas, ou seja, da Região Amazônica e do Centro-Oeste. Desse modo, construir-se-iam condutos da Região Norte para a Região Nordeste, a partir dos rios Amazonas, Madeira, Purus, Japurá, Tapajós, Xingu, Negro, Trombetas, Araguaia, Tocantins, etc., o que poderia deixar as barragens ou represas nordestinas sempre cheias, sem prejuízos para os rios dispersores, pois, além da água para o consumo humano, iriam tê-la para as atividades econômicas, também.
Igual procedimento poderia ser feito do Centro-Oeste, que é polo de irradiação das mais importantes vias fluviais do país. Rios como o Paraná, o Paraguai, o Paranaíba e outros, poderiam ser transpostos para abastecerem os estados do Sudeste e outras áreas do Sul, onde houvesse carência de água.
Obra como essa representaria um salto desenvolvimentista para o pais, pois, além da água para o consumo humano, iriam tê-la para as atividades econômicas, também.
É um disparate para um país  que tem o maior conjunto hidrográfico do mundo, e juntamente na sua banda Oriental, totalmente banhada pelo Oceano Atlântico, a falta de água potável seja o problema mais relevante.
Considerem-se, outrossim, os mananciais subterrâneos que há no Nordeste, onde se escavando a água brota, as estâncias hidrominerais do Sudeste, e o portentoso Aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo, cabendo ao Brasil 2/3 da sua área total.
Há tanta água nesse país! Por que a sede das pessoas? Por que a rachadura do solo e a torridez da vegetação? Para onde vai nossa água? Se foi possível construir gasoduto da Bolívia para São Paulo, por que não fazer adutoras ou aquedutos para levar água onde não tem, como Israel o fez?
É de se acreditar que não há interesse político dos governos em todas as suas esferas, em “dar de beber a quem tem sede”. Certamente os conchavos patrocinados pela corrupção entravam iniciativas de se distribuir o líquido da vida de forma igualitária. Há interesses inescrupulosos de quem está nos poderes político e econômico. Há as disputas internacionais, interestaduais, intermunicipais. Na hora da escassez irmão não quer socorrer irmão.
A escassez indica o caminho do lucro a grandes grupos empresariais, principalmente da França, Inglaterra, Espanha e Estados Unidos, que controlam o abastecimento de água em vários países. Na liderança desse processo, e de olhos voltados para o Brasil, estão as gigantes multinacionais da água, tais como os grupos VIVENDI e o SUEZ LYONNAISE, da França.
E já existe um exemplo concreto de privatização no Brasil, com a venda da Manaus Saneamento, em junho de 2000, à francesa Lyonnaise dês Eaux que abocanhou a distribuição de parte da água da Amazônia.  Vejam nisso um exemplo de porque não trazem água para o Nordeste. Uns pouquíssimos compatriotas vendem nossa água, ficam abastados e a grande maioria fica entregue ao sofrimento. Covardes os governos, covarde o povo que os elege à escuridão da ignorância.
Percebe-se porque a água não chega para quem precisa.
É uma verdadeira TRAIÇÃO ao povo brasileiro, entregar nossas águas  para estrangeiros. Parece que querem  que fiquemos dessecados pela sede como muitos africanos ficam dessecados pela fome.

Para ilustrar o presente texto, eis as música Chega de Mágoa e Seca d`Água, do Grupo Nordeste Já.

Chega de Mágoa

Nordeste Já

(MILTON)
Nós não vamos nos dispersar
Juntos é tão bm saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão
(DJAVAN)
Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
(RITA LEE)
Chega
Brinca na fonte
Desce do monte
Vem como amiga
(CORO)
Te quero água de beber, um copo d?água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã
(GAL)
Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
(GONZAGUINHA)
Chama,
(ELBA)
Tem que ter feira,
(GONZAGUINHA)
Tem que ter festa,
(GONZAGUINHA E ELBA)
Vamos pra vida
(CHICO)
Te quero terra pra plantar,
(CHICO E FAFÁ)
Te quero verde
(CAETANO)
Te quero casa pra morar,
(CAETANO E SIMONE)
Te quero rede
(PAULA TOLLER E ROGER)
Depois da chuva o sol da manhã
(MARIA BETHÂNIA)
Chega de mágoa,
Chega de tanto penar
(CORO)
Canto, o nosso canto,
Joga no vento
Uma semente, gente
Olha essa gente
(ELISETE CARDOSO)
Te quero água de beber
Um copo d?água
Marola mansa da maré
Mulher amada
(GILBERTO GIL)
Te quero terra pra plantar
Te quero verde
Te quero casa pra morar
Te quero rede
(ELISETE CARDOSO)
Depois da chuva o sol da manhã
(CORO)
Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
(CORO)
Gente
(ROBERTO CARLOS)
Quero te ver crescer bonita
(CORO)
Olha essa gente
(ERASMO CARLOS)
Quero te ver crescer feliz
(CORO)
Olha essa gente
(ROBERTO E ERASMO)
Olha essa terra, olha essa gente
(CORO)
Olha essa gente
(ROBERTO CARLOS)
Gente pra ser feliz, feliz
(CORO COM TIM MAIA)
Te quero água de beber
Um copo d?água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero terra pra plantar
Te quero verde
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o sol da manhã
( FAGNER )
Chega de mágoa
Chega de tanto penar.

Disponível em: http://letras.mus.br/nordeste-ja/1286684/ Acessado em: 11/11/2014.

Seca d'Água

Nordeste Já

É triste para o Nordeste o que a natureza fez
Mandou cinco anos de seca e uma chuva em cada mês
E agora em 85 mandou tudo de uma vez
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d'água é pior
Quando chove brandamente depressa nasce um capim
Dá milho, arroz e feijão, mandioca e amendoim
Mas com em 85 até o sapo achou ruim
Maranhão e Piauí estão sofrendo por lá
Mas o maior sofrimento é nessas bandas de cá
Pernambuco, Rio Grande, Paraíba e Ceará
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d'água é pior
O Jaguaribe inundou a cidade de Iguatu
E Sobral foi alagada pelo Rio Acaraú
O mesmo estrago fizeram Salgado e Banabuiu
Ceará martirizado, eu tenho pena de ti
Limoeiro, Itaíçaba, Quixeré e Aracati
Faz pena ver o lamento dos flagelados dali
Seus doutores governantes da nossa grande nação
O flagelo das enchentes é de cortar coração
Muitas famílias vivendo sem lar, sem roupa, sem pão
A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
Seca sem chuva é ruim
Mas seca d'água é pior(3x)
Composição: Criação Coletiva Sobre Poema de Patativa do Assaré

Disponível em: < http://letras.mus.br/nordeste-ja/1287804/#radio> Acessado em: 11/11/2014.

domingo, 16 de novembro de 2014

BORRACHOS ou CHAPADOS



Borrachos ou Chapados? Na Adrenalina do Álcool

Prof. José Gomes

 
Não é raro encontrar no Facebook imagens de adolescentes de ambos os sexos ostentando nas mãos um “copo de bebida”, individualmente ou em grupos formados por outrem de afinidade e interesse comuns.
Para essa gente o ato de beber dá status, “destaque” e “eleva” a autoestima. As festas populares de grande ou de pequena dimensão, as baladas, são ocasiões propícias ao consumo de bebidas alcoólicas, que, no dia subsequente, levam=nos ao mísero estado de estarem “chapados”, “borrachos”, ressaqueados...
Não se pode “olvidar” dos famosos bailes funk, onde, além da ingestão exorbitante das “drogas líquidas”, há uma tremenda perda de energias corporais pela prática de movimentos os mais frenéticos e eróticos, ou até mesmo pela chegada às “vias de fato”, sexualmente falando.
Cada indivíduo tem liberdade de expressão e aqui se inclui a corporal; segundo o Livro Sagrado, o Criador deu livre arbítrio a cada um (mas sabe-se que quem não escolher o bem está fadado ao fracasso existencial). Até aqui é compreensível. O que não é admissível é que quase todos optem pelo mal que, na “voz reflexiva” recai sobre eles mesmos, porque dia de ressaca representa um prejuízo imensurável para a saúde e para a própria vida de cada  amante da “curtição”, de cada “jovenzinho”: o efeito do álcool em excesso no seu organismo e a inevitável hospedagem de “embriões” de futuras doenças, o sono perdido em noites de efervescente adrenalina, ou diurnamente o consumo da “loirinha”, da “caninha” e outras bebidas congêneres, na mesa de bar, bebendo “socialmente”.
Enganados por suas escolhas,  inconscientes dos malefícios que suas opções lhes proporcionam, a falta de amor próprio e de zelo com sua saúde, caracterizam um grave problema  para a sociedade, uma vez que esses sujeitos – adolescentes e jovens – exercem uma cidadania pré-histórica ou medieval.
Para fazer a reversão desse quadro de degradação ou degeneração do ser humano, é mister uma sólida educação doméstica, desde a mais tenra idade do ente, a fim de que cada um adquira consciência, senso de proteção pessoal e da edificação de uma vida sadia, a partir de alternativas acertadas na prova do “livre arbítrio”, de rejeição ao que é nocivo, tornando-se, outrossim, componente valoroso da sociedade.



Para ilustrar este texto, seguem-se duas letras de músicas ligadas ao assunto.

Bebe Negão

Renato Fechine
 
(é isso aí meu bum, acorda pra tomar gagau ! lasca
hoje não tem pococó nem dança de rabo,
o mule tô comendo água viu, hum, tô não, porque ?
Ô meu Deus !!)

Hoje eu acordei pra beber (bebe negão)
Hoje eu acordei pra biritar (Ô meu Deus) (birita negão)
Hoje eu acordei pra comer água ( come negao )
Hoje eu acordei pra mamar (o meu bem, lasca) ( mama
negao )

Eu vou beber pra esquecer meus problemas (bebe negão)
Eu vou beber pra esquecer minhas dívidas (bebe negão)
Eu vou beber para escecer minhas angústias (oiii)
(bebe negão)
Eu vou beber que hoje eu quero alegria
(meu Deus, Ô meu Deus) (bebe negao) ( Ô meu Pai !)
(bebe negão)

Elva doce, milome, pitu e rainha (Ô meu Deus) (bebe negão)
51 e caninha da roça (Ô meu Deus, Ô como é bom) (bebe negão)
Tatunobilis, campari, cerveja e vodka (Ô prá rebater)
(bebe negao)
Que é pra acalmar o meu coração sofredor (bebe negão))

Eu vou beber pra esquecer meus problemas (Oii) (bebe negão)
Eu vou beber pra esquecer minhas angústias (Ô meu
Deus) (bebe negao)
Eu vou beber pra esquecer minhas dívidas (Ô meu Pai)
(bebe negao)
Esquecer o Serasa e SPC, meu bem (bebe negão) (Ô meu
Deus)
(este solo vai pro gerente do meu banco)

Só um sorrisal pra rebater
Só um sorrisal pra rebater
Só um sorrisal pra rebater
Só um sorrisal pra rebater

Eu vou beber pra esquecer meus problemas (bebe negão)
Eu vou beber pra esquecer minhas dívidas (bebe negão)
Eu vou beber pra esquecer meus comprexos (bebe negão)

A crise monetária internacional (bebe negão)
Pra concruir a batida da lage (bebe negão)
Esquecer os marmanjos que querem azarar minha mule
(bebe negão)
Bato em minha vizinha pra que ela tenha respeito.
Ô mule ruim (bebe negao)

http://www.vagalume.com.br/renato-fechine/bebe-negao.html


Eu Bebo Sim

Composição: Luiz Antonio e João do Violão ·

Canta: Elza Soares

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Tem gente que já tá com o pé na cova
Não bebeu e isso prova
Que a bebida não faz mal
Um pro santo, desce o choro, a saideira
Desce toda a prateleira
Diz que a vida tá legal

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo


Tem gente que detesta um pileque
Diz que é coisa de moleque
Cafajeste ou coisa assim

Mas essa gente
Quando tá com a cara cheia
Vira chave de cadeia
Esvazia o botequim

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Bebida não faz mal a ninguém
Água faz mal à saúde


http://letras.mus.br/elza-soares/395270/

sábado, 15 de novembro de 2014

Para Descontrair



Manual do Bêbado

Hoje é Sexta , hoje é dia de encher a cara então este post é dedicado aos meus leitores  Bebuns de Plantão, ei por acaso alguém sabe se o Filipe sobreviveu ao carnaval? HUAHUA




Coisas que são DIFÍCEIS de dizer quando você está bêbado:
– Indubitavelmente.
– Preliminarmente.
– Proliferação.
– Inconstitucional.
_____

Coisas que são EXTREMAMENTE DIFÍCEIS de dizer quando você esta bêbado:
– Especificidade.
– Transubstanciado.
– Verossimilhança.
– Três tigres.
_____

Coisas que são TOTALMENTE IMPOSSÍVEIS de dizer quando você está bêbado:
– Puta merda que menina feia!!!!
– Chega, já bebi demais.
– Sai fora, você não é o meu tipo…
_____

Como agir quando bebeu demais e está com os seguintes sintomas:

SINTOMA: Pés frios e úmidos.
CAUSA: Você está segurando o copo pelo lado errado.
SOLUÇÃO: Gire o copo até que a parte aberta esteja virada para cima.


SINTOMA: Pés quentes e úmidos.
CAUSA: Você fez xixi.
SOLUÇÃO: Vá se secar no banheiro mais próximo.


SINTOMA: A parede a sua frente está cheia de luzes.
CAUSA: Você caiu de costas no chão.
SOLUÇÃO: Coloque seu corpo a 90 graus do solo.


SINTOMA: O chão está embaçado.
CAUSA: Você está olhando para o chão através do fundo do seu copo vazio.
SOLUÇÃO: Compre outra cerveja ou similar.


SINTOMA: O chão está se movendo.
CAUSA: Você está sendo carregado ou arrastado.
SOLUÇÃO: Pergunte se estão te levando para outro bar.


SINTOMA: O local ficou completamente escuro.
CAUSA: O bar fechou.
SOLUÇÃO: Pergunte ao garçom o endereço de sua casa.


SINTOMA: O motorista do táxi é um elefante rosa.
CAUSA: Você bebeu muitíssimo.
SOLUÇÃO: Peça ao elefante que o leve para o hospital mais próximo.]


SINTOMA: Você está olhando um espelho que se move como água.
CAUSA: Você está para vomitar em uma privada.
SOLUÇÃO: Enfie o dedo na garganta


SINTOMA: As pessoas falam produzindo um misterioso eco.
CAUSA: Você está com a garrafa de cerveja na orelha.
SOLUÇÃO: Deixe de ser palhaço.


SINTOMA: A danceteria se move muito e a música é muito repetitiva.
CAUSA: Você está em uma ambulância.
SOLUÇÃO: Não se mova. Possível coma alcoólico.


SINTOMA: A fortíssima luz da danceteria está cegando seus olhos.
CAUSA: Você está na rua e já é dia.
SOLUÇÃO: Tente encontrar o caminho de volta para casa.


SINTOMA: Seu amigo não liga para o que você fala.
CAUSA: Você está falando com uma caixa de correios.
SOLUÇÃO: Procure seu amigo para que ele te leve para casa.


SINTOMA: Seu amigo não pára de falar repetidamente as mesmas palavras
CAUSA: Você está falando com o cachorro do vizinho
SOLUÇÃO: Pergunte a ele onde é sua casa.


Disponível em: < http://recebiporemail.com.br/2010/02/manual-do-bebado.html> Acessado em: 15/11/2014.

O BÊBADO CULTO



O Bêbado culto...   

Riqueza semântica

Um político que estava em plena campanha chegou a uma  cidadezinha, subiu em um caixote e começou seu discurso:

-  Compatriotas, companheiros, amigos! Nos encontramos aqui convocados, reunidos ou ajuntados para debater, tratar ou discutir um  tópico, tema ou assunto, o qual é transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou ajunta, é  minha postulação, aspiração ou candidatura à Prefeitura deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Escute aqui, por  que o senhor utiliza sempre três palavras para dizer a mesma coisa?

O candidato responde

- Pois veja, meu senhor: A primeira palavra é para  pessoas com nível cultural muito alto, como poetas, escritores, filósofos etc.  A segunda é para pessoas com um nível cultural médio como o senhor e a maioria  dos que estão aqui. E a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado ali jogado na  esquina.


De imediato, o bêbado se levanta cambaleando e responde:

- Senhor postulante, aspirante ou candidato! (hic) O fato, circunstância ou razão de que me encontre (hic) em um estado etílico, bêbado  ou mamado (hic) não implica, significa, ou quer dizer que meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou ralé mesmo (hic). E com todo o respeito,  estima ou carinho que o Sr. merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou ajuntando (hic), seus pertences, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se,  dirigir-se ou ir diretinho (hic) à leviana da sua genitora, à mundana de sua mãe biológica ou à puta que o pariu!


Mexe com quem tá quieto!!!
Disponível em: http://recebiporemail.com.br/2010/04/o-bebado-culto.html Acessado em: 15/11/2014.

COESÃO TEXTUAL



Coesão Textual

Um texto, para estar bem estruturado e facilitar sua compreensão é preciso que esteja coeso, isto é, que as orações estejam ligadas por elementos coesivos, como as preposições e as conjunções.
Ao escrever, tenha o cuidado de fazer bem a coesão das palavras e das frases.
Há textos que não possuem elementos de coesão, mas são coerentes.
Veja um exemplo.
O texto O Monte é exemplo de texto que não tem nenhum elemento de coesão, mas apresenta-se coerente.


O Monte

José Gomes



O chão
A base
O sopé
A encosta
O cume
A capela
A Cruz
A prece
O céu
O Senhor
Os Anjos
Os Santos
As Santas
Os Anjos
Os Arcanjos
O homem
O Éden
A Eternidade






sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Gênero Textual Memorial



MEMORIAL

O Memorial é um documento que você elabora passo a passo, no qual aparecem suas impressões sobre sua aprendizagem, os acertos, as vitórias, os avanços mas também as falhas, os momentos difíceis, as paradas, as dúvidas. É uma espécie de "diário" no qual você poderá escrever e contar o que estiver sentindo, refletindo, vivenciando, os gostos e desgostos ao longo do caminho.
É a oportunidade de registrar suas reflexões sobre os vários momentos do curso e sua relação com a prática pedagógica.
É o relato das adaptações e modificações que você estiver fazendo na maneira de trabalhar na sala de aula, usando as tecnologias.

Características do memorial:
·         A palavra “memorial” deriva de “memória”, portanto, os alunos deverão escrever sobre suas histórias pessoais;
·         O texto é narrativo, pois narra acontecimentos da vida, portanto, deverá conter alguns elementos próprios desse tipo de texto;
·         O memorial também é descritivo, já que os alunos descreverão passagens importantes de suas vidas.

Exemplo de memorial:



 

Prólogo



O presente memorial apresenta a história de José Gomes da Silva, pelas sendas da educação, como aluno, professor e professor-aluno, numa trajetória que tem sua gênese em 1969, que continua na atualidade e que se prolongará pelo futuro até uma data ainda indeterminada.
Relatos, narrativas, fotos e outros impressos de importância para o autor e protagonista do presente memorial, constituem a história do estudante e do docente, daquele que é um elementar professor. Eu.



Memorial
 um professor, uma história

Capítulo I

O Curso Primário

A primeira tentativa

 Era o ano de 1969, não me lembro bem. Minha irmã adotiva, Marinalva, freqüentava as aulas da professora Isabel Angélica, que eram ministradas em um salão de ponto comercial localizado nas imediações da atual Praça da Bandeira, em Várzea da Roça, àquela época, o maior povoado setentrional do município de Mairi.
Por alguns dias – n/ao me recordo quantos – fui com Marinalva ser aluno da professora Isabel Angélica.  Foi o meu primeiro contato com o mundo da escola, da educação.
Naquele tempo se sabia da importância da escola, mas as famílias não tinham o cuidado e a consciência de encaminhar os seus filhos até ela. No meu caso, todas as vezes que fui para a escola foi por iniciativa própria, disso eu me recordo lucidamente.
Conforme já disse, não sei por quanto tempo freqüentei essa primeira escola. Mas sei que não foi longo o tempo que estive lá. Acredito não ter obtido nenhuma aprendizagem – as letras, talvez – pela minha assistência irregular e pela falta de maturidade e de orientação familiar. Era também muito pequeno (7 anos de idade). Hoje é esta a idade para ingressar na 1ª série do Fundamental. Naquele tempo era cedo.
Tenho uma vaga lembrança de que fui aluno de outra Isabel, a conhecida Isabel de Aristides, que  ministrava suas aulas na Igreja Católica. De quase nada me recordo. Foi uma fase extremamente efêmera.

Meu primeiro contato com a escola rural

Em 1971 fui matriculado na Escola Rural de Várzea da Roça, para cursar a 1ª série, ou o 1º ano, como se dizia na época.
O prédio ficava no centro da Praça Alfredo Navarro, esta também no centro do povoado. Numa extremidade dele havia uma casa residencial. Alguns anos antes as professoras vinham de outras cidades e passavam a morar ali. Na outra, a espaçosa sala de aula, com uma longa porta de madeira e vários janelões na lateral oeste. No centro da edificação ficava um não menos espaçoso pátio sem paredes laterais. Ali se brincava no recreio.
A minha professora seria Eunice Carvalho, recém-chegada à localidade, pois casara-se com um primo meu.
As aulas começaram. O livro de leitura era a cartilha Os Cinco Irmãozinhos. A classe era constituída por muitos alunos.
Porém não demorei muito nessa escola porque, estando num dado momento no pátio, fui o alvo de uma bola  que foi chutada por outro aluno, não sei se intencionalmente ou não. Só sei que isso foi o bastante para que eu partisse chorando para casa.
Minha prima Dinalva, com quem eu ia para a escola, e retornava todos os dias, tentava me consolar. Sentamos um pouco num prédio de construção recente para abrigar o motor que gerava energia para a iluminação local (ainda não havia, como se dizia, luz de Paulo Afonso) até às 22 horas. A prima insistia para que eu voltasse para a escola. De onde estávamos, num alto, avistava-se minha casa ao longe, na baixada, com a lagoa na frente, formando um agradável panorama. Todavia, irredutível, segui para casa, não pela estrada, mas por uma vereda por dentro da lagoa que estava seca. Nesse ano não mais regressei à Escola Rural.

Agora, na escola municipal.

Em 1971, foi inaugurado, na Praça Topógrafo Pedro Magalhães, o Prédio Escolar Francisco Marques de Oliveira, nome dado em homenagem ao meu bisavô materno, tido na sua época como um homem muito culto naquele lugar.
Nesta nova escola, seria professora da primeira série, minha irmã Valdira Gomes. Passei a acompanhá-la diariamente para a escola e, no final do ano, estava com a 1ª série concluída.

De volta à escola rural

No início do ano letivo de 1972, voltei à Escola Rural e dirigi-me à professora Eunice, dando-lhe o meu nome para compor a classe (forma elementar e informal de se fazer matrícula). Ela me interrogou: “- E você não vai mais deixar a escola?” Respondi que não e tudo ficou acertado.
Logo as aulas principiaram-se. Comprei a coleção de quatro livros didáticos que a própria professora revendia para seus alunos. Lembro-me bem do de leitura, que era intitulado \Minha Terra. Havia também o de Matemática, Ciências – O Pequeno Cientista e o de Estudos Sociais.
Foi um ano tranquilo na escola. O fato mais marcante foi o desfile do 7 de Setembro, comemorativo ao Sesquicentenário da Independência do Brasil. Desfilei num pelotão, logo atrás da bandinha de tambores e caixas de repique e marcação. A roupa era bermuda e camisa azul marinho, meias brancas, sapato “conga” na mesma cor da roupa e uma faixa de fita cintilante verde e amarela, lembrando de muito longe aquela que é usada pelo Presidente da República em  ocasiões especiais. Todos os alunos componentes deste pelotão estavam trajados iguais.


Continuei na Escola Rural

A 3ª série eu a cursei no ano de 1973, no mesmo cenário da 2ª série. Também a professora era a mesma. Nesse ano tive a companhia do meu irmão João (mais velho do que eu mas da minha beira) a quem Professora Eunice chamava de Joãozinho, por ter um irmão com este apelido.
Dos livros desse ano o que mais ficou na minha lembrança foi o de leitura – Aprender é Festa. Continha somente texto como o A Mutuca e o leão, A Bailarina, etc.
A farda usada na 3ª série era calça azul marinho e camisa branca de mangas longas tendo um singelo emblema no bolso constituído pelas letras ER, cursivas e bordadas na cor azul marinho também.
O ano letivo de 1973 transcorreu normalmente, sem fatos marcantes.

Meu último ano na Escola Rural

Chegou o ano de 1974. Já crescido e com gosto pelos estudos, ainda que com dificuldades para reter os novos conhecimentos, permaneci na Escola Rural para novamente ser aluno da professora Eunice, da cidade de Campo Formoso. .
Foi um ano letivo dinâmico,  agradável e de fatos marcantes..
No início do ano letivo, como nos dois anos antecedentes, a professora vendeu-nos os livros didáticos que escolheu para ministrar o seu ensino e para nós os alunos fazermos nossos estudos. Havia na coleção o livro de Matemática, o de Estudos Sociais, O Pequeno Cientista e o de leitura do qual me recordo enternecido. Ele era batizado com o sugestivo título Aprenda Conversando Os Mais Belos Contos. E realmente eram belos os contos de Malba Tahan, Esopo e outros autores.  Recordo-me de que tinha o conto O Menino dos Cabelos de Ouro, o Reformador do Mundo, Os Cegos e o Elefante...
Em junho houve a festa de São João. Dançamos no pátio da escola e desfilamos pelas ruas acompanhando a carroça puxada por burro, levando o casal caipira. Formei par com Isailde Miranda, Ninha de seu Isaias.
Veio setembro e com ele três eventos: o primeiro, a comemoração do meu aniversário, no dia 4. Para avisar os colegas e garantir os presentes, no dia 3, véspera portanto, a professora, como já houvera feito com outros colegas nas vésperas dos seus natalícios, designou-me ir até a Escola Francisco Marques buscar a merenda escolar que era feita lá. Fui, enquanto ela combinava sobre a festa do dia seguinte com meus colegas.
No dia 4 à tarde (eu estudava no turno vespertino), trajando a farda cáqui de todos os dias, eu recebia as homenagens da professora e dos companheiros de classe. Com alegria, recordo-me da colega Maria Lucília que cantou para mim uma música do cantor Odair José que naquela época fazia sucesso. No fim da festa, com tantos presentes, não pude sozinho leva-los para casa. As meninas os arrumaram em bandejas e, como que formando um cortejo, acompanharam-me até a minha morada,  fora do perímetro urbano. No grupo estavam Solange de D. Rosita de Aurelino, Valmira de seu Américo, prima de Solange, Lucília e várias outras cujos nomes fogem à minha lembrança.
Dentre os brindes, um chamou a atenção: era um cofrinho na forma de um porco, bem gordinho.
No dia 7, o desfile cívico. Tive a oportunidade de conduzir a Bandeira do Brasil, seguido da minha prima Núbia, com a da Bahia.
No dia 22 o desfile foi reeditado, em comemoração à chegada da primavera. Outra vez eu e Núbia dividimos pelotões, conduzindo as mesmas bandeiras.
No encerramento do ano letivo houve a festa final. Todas as provas finais como nos anos anteriores, estavam em cadernos de férias, confeccionados e vendidos aos alunos pela própria professora.
Fui aprovado e conclui o curso primário. Mas minhas dificuldades em Matemática ficaram evidentes, e a minha passagem pela Escola Rural de Várzea da Roça, como aluno, chegava ao fim.
[Mais tarde o prédio foi reformulado e posteriormente demolido para dar lugar ao atual mercado municipal de Várzea da Roça.


Capítulo II

1975 – um ano perdido

Em 1975 eu deveria ter ingressado no “ginásio” para prosseguir os estudos na 5ª série. Não o fiz por medo de Matemática.  Passei a acompanhar minha irmã Valdira para as aulas do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) que ela ministrava na Escola Francisco Marques, no turno vespertino, e na Escola Rural, no turno noturno. Eu a ajudava preparar deveres para os alunos e orientava-os nas lições de leitura. Foi assim que passei 1975, afastado da sala de aula, como aluno, porém não desligado da educação.


Capítulo III

Meu curso ginasial

De volta ao banco da escola

Era fevereiro de 1976. Numa tarde ensolarada fui, com meu irmão Evaldo que já era aluno do estabelecimento, matricular-me no Instituto Educacional São José – IESJ, que funcionava no Prédio Escolar Francisco Marques de Oliveira e somente no turno noturno. Havia perdido um pouco do receio de Matemática e sentindo o prejuízo de um ano sem progresso, e ainda percebendo meus colegas do 4º ano seguirem em frente, decidi, sem titubear, e sem forçar a vontade, cursar a 5ª série.
Em março, mês tradicional para o início das aulas, lá estava eu, vestindo calça  azul marinho de tergal vicunha 131 e camisa branca, também de tergal, fechada na frente até à altura do peito com o emblema do Instituto no bolso, à altura do peito esquerdo, a compor aquela classe, cujos alunos se entrosaram fácil, tornando-se bons amigos e companheiros.
O Prédio Escolar Francisco Marques não comportava todas as classes. Por isso, a 5ª série foi alojada num salão de ponto comercial anexo a uma  residência nas cercanias do aludido prédio.
Foi um ano tranqüilo nos estudos. Nas aulas vagas íamos ver televisão no posto de Rafael, vizinho do salão ou íamos para algum lugar de interesse A Matemática não foi a fera que eu temia. Passei de ano sem necessidade de recuperação.


1977 – o ano da 6ª série

Em 1977 não mais estudaria na sala de aula improvisada, todavia em outra ampla e com carteiras mais espaçosas, no Prédio, junto com as demais classes.
Nesse ano comecei a ter mais gosto pelos estudos e pela organização dos trabalhos escolares. Não que antes não o tivesse. Tinha-o. Nessa série, sim, ele se ampliava. Lembro-me nitidamente de um trabalho sobre Recife, solicitado pela professora Vanilde Carvalho, de Geografia, até hoje grande amiga. Parece-me que foi com essa atividade que nasceu a minha paixão pela Geografia.
Toda a valorosa equipe de professoras que tive na série anterior continuava na 6ª série: Vanilde, Margarida Sales, Valmira Araújo, Selma – minha prima -, Margô – da cidade de Jacobina, Mariana – também da “cidade do ouro” e Eunice – de Campo Formoso -, aquela mesma que foi minha professora da 2ª a 4ª série.
Dessa série eu guardo com muita ternura a lembrança da colega Marivalda. Era ela quem nas minhas horas de apuros em Matemática, recebia-me na sua casa para ensinar-me os assuntos que eu tinha dificuldade de aprender. Com a bondade de uma fada, explicava-me e eu entendia e assimilava facilmente, como se fosse por um toque de mágica.
Sempre deixei-me fascinar pelas bandinhas escolares, as pequenas fanfarras. Em 1977 o IESJ comprou os instrumentos musicais, dez, para formar a sua. Inscrevi-me para uma vaga. Ela seria administrada pela professora Vanilde, também professora de Educação Física e que confiou a outrem a montagem, seleção do pessoal e instrução da pequena corporação.  No primeiro e seletivo ensaio, vários alunos e alunas concorriam às vagas. Muitas dessas pessoas representavam a preferência do instrutor com o qual eu não mantinha um relacionamento muito amistoso. Aquelas pessoas preferidas foram ocupando as vagas e eu ficando na sobra. Contudo algumas não se adaptaram, isto é, não acertaram tocar, sendo por isso dispensada. Dos poucos que estavam em vias de não ter a oportunidade, estava eu que fui chamado para o teste e prontamente aprovado. Conquistei a vaga e passei a tocar surdo-mór. Acertei na cadência da percussão.
No dia 7 de Setembro, à tarde, desfilávamos garbosamente. Nossa farda, toda azul marinho, com gola e punhos brancos na jaqueta, era modesta, mas ali estávamos eu e os demais colegas da corporação, felizes.
Permaneci como integrante da bandinha até concluir a 8ª série, tendo tocado pratos num desfile e bumbo nas outras oportunidades.
Para participar dos ensaios eu saia ao amanhecer da Fazenda Pedrinhas, onde morava, para o povoado. Nalgumas vezes, às 4 horas da manhã, para fazer a alvorada nas datas cívicas. Bons tempos! Tempos idos!
Ao final de 1977 eu estava aprovado e apto para cursar a 7ª série.


1977 – um ano bom.

Em março de 1978 retornei ao IESJ para cursar a 7ª série. A classe foi abrigada em uma sala menor, com carteiras duplas. Eu me sentava com Eliene, minha prima,  na primeira carteira da coluna esquerda. A quantidade de alunos havia se reduzido porque vários dos colegas da 6ª série não renovaram matrícula para a série subseqüente, dentre eles, a bondosa Marivalda.
Em compensação passaram a compor a turma três garotas  procedentes da cidade de São Paulo – irmãs, por sinal - Ana Maria, Derivalda e Joelina, que logo se integraram ao novo grupo e facilmente se entrosaram conosco e tornaram-se grandes colegas e amigas. Foram minhas colegas de estudos até a 8ª série.
A essa altura o meu interesse e dedicação pelos estudos já estavam solidificados. Tinham-me na conta de um dos primeiros da classe, embora isso não me envaidecesse.
A equipe de professores foi ampliada com a chegada de três professoras da sede do município. Eram elas: Darci Belas, Marilene e Luziáurea.
Dos dezoito alunos da 7ª série, incluindo-me, dez formavam equipe de trabalhos comigo. E quando tínhamos atividades, iam lá pra fazenda, onde podiam comer beiju quente na casa de farinha, assar milho verde na boca do forno, em dias de tarefadas, apanhar cajá, umbu e caju, conforme a época, e jogar vôlei no amplo terreiro de chão esbranquiçado, em frente da casa, de onde se avistava o povoado no alto.
Dois trabalhos feitos nessa série ficaram na lembrança: um sobre turismo, outro sobre os Estados Unidos.
Nessa série fiquei mais à vontade. Até mesmo a Matemática me deu alegrias. Minhas médias das unidades foram altas. Houve até 10,0. Passei de ano com folga.


Vocação não, acaso sim

No Instituto Educacional São José as aulas eram sempre à noite. O horário de aulas, esdrúxulo, era composto de muitas disciplinas pelo que havia em média seis aulas por noite.
Eu continuava habitando na fazenda, cuja casa residencial ficava a somente 600 metros do povoado. De um se avistava o outro. A cada noite, quando as aulas se concluíam, eu tinha que andar os 600 metros até minha casa, envolto pela escuridão, salvo quando as noites eram iluminadas pelo prateado da lua. Falavam de assombrações, porém nunca vi nenhuma.  Na 7ª série eu já não tinha a companhia do meu irmão Evaldo, que concluíra a 8ª série no ano em que eu fiz a 5ª, nem de João, que estudara no ano anterior, todavia desistira.
Quando das trovoadas, a estrada de chão esbranquiçado, era tomada pelas águas, que impediam a passagem. Era preciso atravessá-las ou pegar desvio.
Foi numa noite do citado ano, numa aula de Orientação Educacional que a professora realizou um questionário no qual uma interrogativa era: “- Que profissão você deseja seguir?” Não refleti e prontamente respondi: - Professor!
Foi,  na realidade, uma resposta impensada, acidental, dada tão somente para responder aquela indagação. Jamais eu havia reverberado em uma futura profissão, tampouco despertado o gosto e o meu interesse por essa ou por aquela atividade laboral. Outrossim, não tive orientação familiar nesse sentido.
Provavelmente eu disse que queria ser professor instintivamente. Mas não nego que gostava de brincar de escola com primos e amigos que moravam vizinhos e pelo fato de que em 1975 eu ajudara minha irmã, que era professora do MOBRAL, a preparar os deveres dos alunos e a ensinar-lhes a ler.
Bom, depois do questionário da professora Maria do Carmo Miranda – Carminha – eu não alimentei a vocação de ser professor.


1979 – o último ano de estudos na Várzea

Veio 1979 e com ele a 8ª série. Seria o último ano de estudos na Várzea. Ainda não sabia o que fazer depois de concluir o “ginasial” ou 1º Grau. Na povoação não havia ensino secundário.
As aulas tiveram início. Comecei bem em todas as disciplinas, exceto em Matemática. Não logrei aprovação nas primeira e segunda unidades (2,5 e 5,0, respectivamente, quando a média mínima era 6,0). O Regimento do Instituto previa que o aluno, ao perder uma unidade de qualquer disciplina, deveria, ao final do ano, atingir  no mínimo 26 pontos, para não ir à recuperação. Inquietante a minha situação. Já não tinha a fada madrinha que tive na 6ª série – a colega Marivalda.
Entrementes, nem tudo estava perdido. Reagi bem na terceira unidade e consegui média 9,5. Na quarta unidade continuei bem, mas a média 8,5 foi o limite. Total de pontos das quatro unidades, 25,5. Teria de fazer a recuperação final. Difícil e embaraçosa a minha situação. Teria de estudar todos os conteúdos de Matemática ensinados durante o ano. E se não passasse de ano? Os pensamentos vinham na minha mente.  Haveria Conselho de Classe no qual eu tinha amplas possibilidades se não obtivesse sucesso na prova.
Vários colegas tiveram de fazer a prova final.
Constrangedora e incômoda era a situação de recuperação. Teria de enfrentá-la. A festa de conclusão já estava programada e dela eu teria que participar... Porém, aprovado.
Como Moisés separou as águas do mar Vermelho para a passagem do seu povo, minha mente se abriu para a entrada da Matemática e eu aprendi todos os conteúdos e, “de quebra”, ensinei a alguns colegas, ainda com dificuldades. Veio a prova final e decisiva. Resolvi todos os problemas e, em certa noite, foi divulgado o resultado durante uma festinha oferecida pela direção do IESJ. Galguei nota 10,0 e afugentei de uma vez por todas o pesadelo da reprovação.
Numa sexta-feira dde dezembro, na igreja católica da paróquia de São José, em Várzea da Roça, teve lugar a cerimônia de conclusão do 1º Grau, presidida pelo saudoso Pe. João Farias. O ambiente foi decorado com motivos natalinos feitos por mim e colegas.
E como é de  praxe  nas conclusões de cursos de 1º ou 2º Graus, haveria de ter um passeio ou excursão. No início do ano (1979), a turma escolheu as madrinhas: Selma e Mariana.
Fizemos várias atividades para angariar dinheiro. Lembro-me bem de uma festa, na Boite Central, situada na Praça José Coelho. Durante o dia preparamos doces e tira-gostos, na casa de Mariana, para serem vendidos no evento. Num dado momento tivemos que ir lá em casa pegar uma galinha para assar. Fomos eu e Arionildes, colega que criou muita afinidade comigo, desde a 5ª série. À noite, tomamos conta da barraquinha, do lado de fora da Boite. Num dado momento estourou uma briga. Saímos depressa, levanto a barraca. Nesse ínterim, os peixinhos fritos caíam e ríamos, eu e Nilde, ao tentar pega-los.
Arionildes, Nilde ou intimamente Nidinha, chamava “unche”. Isso porque, em certa aula de inglês a professora escreveu na lousa a palavra “uncle” (tio). Nidinha entendeu o l como h, começou a brincar comigo e o apelido ficou. Mas de uso exclusivo dela.
Programamos a excursão para Salvador. Fiquei radiante de contentamento, pois iria conhecer a capital do meu Estado, a primeira cidade e capital do Brasil.
Como nem todos os colegas viajariam, o grupo ficou reduzido. Fretamos a combe do meu primo Mauro e seguimos rumo à cidade da Bahia. Direto para o Terminal de São Joaquim, onde tomamos o ferry-boat para Itaparica. Na ilha passamos o dia na Barra do Gil. Que maravilha!Foi o meu primeiro contato com o mar. Retornamos a Salvador. Na noite e no dia seguinte saímos a conhecer a cidade. Não vimos tudo, mas ficou na memória a visita ao Museu de Arte Sacra – MASB.
Retornamos a Várzea da Roça e assim ficava concluída a minha passagem pelo Instituto Educacional São José.

Capítulo  IV

Meu Curso Colegial ou de 2º Grau

 Por falta de uma escola secundária em Várzea da Roça, tive que, em 1980, mudar-me para a sede do município, Mairi. Lá requeri matrícula no conceituado e único estabelecimento de 2º Grau do município. Ainda não era o momento de optar por um curso profissionalizante, uma vez que o 1º ano colegial correspondia ao então chamado “básico”. Somente ao final deste era que no ato de renovação da matrícula, o aluno efetivaria sua opção entre Magistério de 1º Grau  e Técnico em Contabilidade.
Ora, eu estudar Contabilidade? Não. E a Matemática? Ser contador para mim era sinônimo de gostar de Matemática e ter amplo domínio dela. Eu não o tinha. Por isso, não me restava outra alternativa se não seguir cursando o Magistério.
Não foi uma escolha vocacional, mas circunstancial. Continuei, ao decidir-me pelo referido curso, a não pensar no exercício da profissão de professor, depois de conclui-lo.
Retorno à minha chegada ao Colégio Cenecista (Cenecista porque da rede CNEC – Campanha Nacional de Escolas da Comunidade).
Não tive dificuldades para adaptar-me ao novo educandário. Agradou-me muito o amplo ambiente arborizado, com salas amplas, etc. A equipe de professores, excelente e, compondo-a estavam Valdeni, minha irmã, professora de Inglês, Maria Perpétua, que lecionava História e Educação Moral e Cívica, Dr. Tadeu, , que ministrava Biologia e Química, Iraci Pacheco, com Língua e Literatura, Célia Souza, responsável por Geografia e Educação Artística, depois substituída por Lucília Lima, em Geografia, Zilda Pedreira, de Matemática e Givaldo, titular de Física.
O entrosamento com os novos colegas, alguns inclusive do povoado de Angico, aconteceu naturalmente e formamos uma ótima classe.
Não houve grandes fatos no 1º ano. Os que permaneceram na memória foram a quadrilha junina e a exposição de trabalhos artísticos, na biblioteca, ambos os eventos organizados pela professora Célia Souza.
Ao final do ano, apesar de ter ficado em recuperação de Física, logrei aprovação.

1981 – o ano da decisão

No 2º ano (correspondente ao 1º de Magistério) eu já me sentia bem mais à vontade naquele centro educacional. Havia conquistado a simpatia dos professores do ano anterior, como também dos novos, como Leibnitz (do qual herdei o estilo de fazer aulas) e Edileuza, esta a principal docente do Curso de Magistério..
Os estudos seguiram seu curso natural. De novidade, as observações de aulas nas escolas de 1ª a 4ª série e aulas práticas nos últimos meses do ano. Em todas as aulas que ministrei estive bem, mesmo que “instintivamente”.
Quando da minha chegada em Mairi, em março de 1980, ainda havia na escola um antigo preconceito das pessoas da sede com relação a outras dos povoados. Malgrado, pelo meu temperamento, pela minha postura diante dos fatos, pelo meu ótimo desempenho como aluno, sem esquecer da amizade dos meus professores, o preconceito não surtiu efeito algum diante de mim.
Em agosto de 1981, a direção realizou uma promoção pelo transcurso do dia do estudante. Cada turma elegeria o seu estudante padrão. Na minha fui o eleito. E na solenidade, com a presença de todos os eleitos, houve um sorteio de 2 mil cruzeiros. Maria Tereza, a secretária da escola naquele ano, pegou o bilhete que continha o meu nome. Ganhei o prêmio, duas notas de mil cruzeiros, cada uma semelhante a uma carta de baralho, com duas efígies do Barão do Rio Branco, em posições invertidas. Como não poderia ser de outro modo, fiquei imenso satisfeito.
Ao final do ano, novamente aprovado, sem qualquer recuperação.

1982 – o ano da formatura

1982 foi o ano da minha 3ª série do 2º Grau. Esta série foi a continuidade da anterior: o estudo das Didáticas, Prática de Ensino, um maior número de aulas práticas, estágio...
Esse ano transcorreu também normalmente sem fatos marcantes.
Objetivando a festa de formatura e um provável passeio no final do Curso, realizamos alguns eventos para angariar dinheiro. Um deles foi uma pela de teatro que escrevi sobre drogas. Ela foi encenada por mim e colegas, além da cidade, nos povoados de Várzea da Roça, Angico e Cruz de Almas.
Veio o estágio. Fí-lo na Escola Professora Edeltrudes Pacheco, no turno vespertino, em uma classe de 2ª série (como era o meu desejo), da professora Maria Célia de Oliveira Pacheco.
Tornei-me agradável aos pequenos alunos e cumpri as 120 horas satisfatoriamente. No encerramento a festinha estava preparada a rigor e satisfez a todos que dela tomaram parte. Não me faltaram presentes dos alunos.
As aulas práticas e o estágio fizeram nascer em mim características de um professor que abraça a profissão por vocação, embora isso não estivesse acontecendo comigo.
Como aluno, nesses três anos, senti-me valorizado pelos meus professores e respeitado pelos meus colegas. A essa altura eu já era tido como um bom professor.  Bom professor e ausência de vocação, um paradoxo.
Em 17 de dezembro, a formatura. Professorandos e Cont6adorandos juntos. Nosso paraninfo, Padre João Farias, e nossa madrinha, professora Edileuza Farias.
A solenidade simples, sem luxo nem requinte, foi desenrolada na Igreja Matriz. Proferi o juramento que foi repetido pelos meus colegas.  Para mim o juramento foi apenas uma formalidade, um número da solenidade, porque até aquele momento não estava nos meus planos seguir a “carreira de professor”.
Tive como madrinha de formatura a minha irmã Valdira, que foi a minha professora na 1ª série, em 1971, na Escola Francisco Marques de Oliveira.
Um baile aconteceu na antiga sede da Sociedade Lítero Recreativa Sete de Setembro.
Finalmente, o passeio. 31 de dezembro. Seguimos para Conceição do Coité. Nesta cidade do Nordeste baiano, na região sisaleira desfrutamos do reveillon, na Praça central e no Clube ACCA. No alvorecer do dia 1º de janeiro, rumamos para a estância hidromineral de Caldas do Jorro, na mesma região. Hospedamo-nos num rústico, porém agradável hotel e durante o dia usufruímos das águas termais quer nas bicas da Praça Ana Oliveira, quer nos complexos de banheiros.
À noite faltou energia e, à luz de velas, ficamos por algum tempo a contar causos e piadas. No novo amanhecer pudemos degustar os deliciosos mingaus que eram vendidos na referida praça.
Na tarde do dia 2, regressamos a mairi, ficando eu 11 quilômetros antes, ou seja, em Várzea da Roça..
Foi uma excursão rápida e singela, que contou com a participação de Solange Almeida, Dilma Pacheco, Mara Selma Cedraz, Josué Rios, Salomão, Manuel Assunção e outros.
Concluído o 2º Grau, eu pus um alongado ponto parágrafo nos meus estudos, ponto esse que duraria 21 anos. Mairi não dispunha de escola superior. . Recursos financeiros para mudar-me para outra urbe maior eu não os tinha.

Capítulo V

Por acaso e sem vocação, José na educação

Até o término do curso secundário eu não havia, em nenhum momento, pensado e despertado o meu interesse por estudos superiores. Jamais almejei uma profissão de nível universitário. E nem poderia sequer desejar ingresso numa universidade porque o vestibular seria uma barreira instransponível e custear os estudos seria impossível para mim, haja vista pertencer a uma família sem abundantes recursos financeiros, sem visão de futuro e sem capacidade de incentivar-me para uma vida acadêmica, dada a rusticidade da vida que se levava.
Assim, convencido das minhas limitações, era chegado o momento de tão somente adquirir um trabalho, em que área fosse para manter-me a sobrevivência. Não obstante, tendo o curso de Magistério, eu não desapertei para o ensino.
Na primeira quinzena de janeiro de 1983 viajei para a metrópole paulistana com o único propósito de obter o necessário emprego e fixar residência por lá. Passou o restante de janeiro, todo o mês de fevereiro e a primeira semana de março e minha colocação no mercado de trabalho não aconteceu. Contudo não pensava regressar ao Nordeste, como fazem muitos emigrantes que para lá acorrem e não se acostumam com a vida bruta naquele imenso “universo” de concreto.
Num certo fim de tarde, num edifício da Avenida Timóteo Penteado, em Guarulhos, recebi um telegrama de Mairi, remetido pela minha irmã Valdeni, que continuava professora do Centro Educacional Cenecista mairi. A mensagem da correspondência era por demais concisa: “Volte, colégio acertado!”
Ela (Valdeni) conseguiu vaga para eu lecionar. A diretora, por ter sido minha professora de Língua e Literatura e conhecedora das minhas possibilidades para o exercício da docência, acatou o pedido de vaga feito por Valdeni e, como não consegui na megalópole o pretendido emprego, retornei para assumir o meu posto no Colégio que, nesse ano, passou a se chamar Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza.
Contando com 20 anos de idade, abracei (involuntariamente e por acaso) a missão de ser educador, de lecionar e instruir.
Nesse ano minhas aulas foram nos turnos vespertino (turmas de 7ª e 8ª séries) e noturno (da 5ª a 8ª série e 1º ano do 2º Grau). Inicialmente lecionei História Geral, Educação Moral e Cívica/EMC e Organização Social e Política do Brasil/OSPB.
Desempenhei com normalidade o meu papel e tive bom relacionamento com os discentes, de modo geral. Mas como em tudo há os senões, amarguei as ações de mau caráter de alguns alunos que ao longo do ano letivo colocaram em xeque a minha habilidade, aptidão e o próprio cargo. Eu quis desistir logo em junho, contudo não me lembro porque conduzi  até dezembro.
Em setembro fui convidado para auxiliar de secretaria. Aceitei. Ao encerrarem-se as atividades letivas a diretora, face os poucos mais desagradáveis incidentes que me envolveram, disse-me que eu não deveria lecionar no ano seguinte, eu permaneceria na Casa como auxiliar de secretaria. Concordei. Mas insisti em ficar com apenas duas classes, à noite. 7ª e 8ª série e com a disciplina História. A diretora acedeu ao meu pedido.

1984 – O início do meu soerguimento

1984 foi um ano de relativo sossego para mim. Os alunos das duas classes escolhidas eram serenos e tornaram-se bons amigos meus. Com eles eu fiz ótimo trabalho à frente de História e comecei a redimir-me e superar os traumas do ano antecedente.
A 7ª série (turma de Antonio Mercês, Cláudio da Cruz), Dinalva, Edna Lima, Eliana Rosa, Elisa Mendes, Elza Maria de Deus, Erivaldo Ribeiro Eugênia, Gilson Rios, Joeval, Josafá Rios, Jucileide Farias, Jurandi Rios, Lucidalva, Maria Aparecida Maria da Conceição Bispo, Noeme Rios e Sueli Belém preparou-me uma bonita festa de aniversário. Dela fui merecedor pelo carinho e amizade com que sempre tratei meus alunos. O presente oferecido a mim pela turma, eu ainda o tenho e utilizo na minha sala de trabalho (a gerência) no Colégio Cenecista.
A turma da 8ª série também estava composta por excelentes pessoas.
Pouco a pouco eu me soerguia. Recuperava-me. E desde então, começava a crescer a boa imagem do professor José Gomes.
Em 1985 continuei com as mesmas atividades que foram acrescidas de aulas de História do Brasil, na 5ª e 6ª série do turno noturno, em substituição à colega Rita Menezes.
No 2º semestre de 1984, eu, a diretora e auxiliar de direção resolvemos criar uma banda marcial para o estabelecimento. Começamos realizar eventos para  adquirir recursos para a compra dos instrumentos musicais. O mais notável desses eventos foi o baile da saudade, no antigo clube Sete de Setembro. Outro foi a festa do reveillon, no dia 31-12-1984.
Com o dinheiro obtido, compramos 12 instrumentos, com os quais iniciei as atividades. Selecionei as pessoas interessadaa em participar da corporação, que incluiu alunos e professores. Batizei o grupo de Banda Marcial Lira de Prata. No dia 7 de Setembro de 1985 fizemos o primeiro desfile oficial, usando fardamento nas cores vinho (predominante), amarelo e branco. A comunidade recepcionou bem a bandinha cenecista.
A partir dessa primeira apresentação ganhamos a simpatia do então Prefeito Deraldo Cedraz Carneiro e do seu filho Roque Nilson, secretário de Administração, que passaram a colaborar incondicionalmente para o crescimento do grupo, com a compra de mais instrumentos, custeio de viagens, etc.
Instruir a banda por três anos. Afastei-me. Retornei em outra ocasião por pouco tempo e, posteriormente, a deixei em definitivo. Porém ela continuou viva, ampliou-se, melhorou na qualidade musical, mudou a farda, porém conservando as cores originais e teve o seu nome mudado para FANCEM – Fanfarra Cenecista Mairiense, e ao longo dos seus dezenove anos tem animado desfiles e festividades em várias cidades vizinhas e circunvizinhas.
O desfile do 7 de Setembro de 1986 foi empolgante, tanto em Mairi quanto em Várzea da Roça, para onde fomos tocar como convidados. Lá retornamos outras vezes.
Sob a minha orientação fizemos uma apresentação em Salvador, em outubro de 1986, por ocasião da inauguração da sede estadual da CNEC, em Patamares.Nesse mesmo mês e depois da apresentação na capital, voltamos, no dia das crianças, às ruas e praça de Mairi para uma memorável exibição, quando a cidade recebeu também a banda do colégio cenecista de Piritiba

1986 – o ano bom
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1986 é aquele que eu chamo de “ano bom”. Foi quando consolidei a minha total recuperação das nefastas agruras de 1983.
Continuei servindo à secretaria da escola e ampliei minha carga horária em sala de aula. Além de permanecer com História, assumi Geografia (antiga paixão) para ser feliz. Fiquei à vontade com a nova disciplina. Nenhum problema com aluno, ao contrário, somente relações amistosas. A essa altura, devido à minha facilidade de dominar os conteúdos, à minha responsabilidade no cumprimento dos horários e dos prazos e à maneira amistosa com que tratava a todos, lucrei respeito e a minha imagem de bom professor crescia mais e mais.
E assim continuei pelos anos de 1987 e 1988. Indubitavelmente foi esse período, de 1986 a 1988, por causa da Geografia, a minha melhor fase como professor, até hoje.

1989 – o ano irregular

Em janeiro de 1989 deixei o colégio para realizar um estágio de três meses na agência local do Banco do Brasil. Como no início do segundo mês fui transferido para o posto avançado em Várzea da Roça a experiência com as atividades bancárias malograram. Faltando algumas semanas para o término do contrato pedi rescisão do mesmo, no que fui atendido.
Fiquei da segunda quinzena de março até meados de julho desempregado. Na segunda quinzena desse mês fui reincorporado à secretaria do cenecista e retornei às salas de aula com as disciplinas Português, Ciências e metodologia das Ciências.

1990 – o ano do concurso

Vivendo a inquietação que me afetava desde janeiro de 1989, em janeiro de 1990 decidi voltar a São Paulo com aquele mesmo ideal de quando lá fui pela primeira vez, em outro janeiro, o de 1983: conseguir um emprego. E fui.
Desta feita eu estava “ligado” nos concursos. Estava também melhor preparado, inclusive na sempre temida Matemática. Lá em Sampa fiz três concursos, um inclusive num colégio, em Guarulhos, para auxiliar de secretaria, onde, certa noite, aguardando a minha vez para a entrevista, recebi o comunicado de que havia sido aprovado noutro concurso feito dois dias antes. Desistir da entrevista e do possível emprego no Crispiniano. O outro emprego me traria mais vantagens. Seria na CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos). Ledo engano. Apesar de ter sido o 9º colocado entre mais de mil concorrentes, num exame de 40 questões só de Português e Matemática, perdi na 2ª etapa e, como, com a entrada em vigor do Plano Collor emprego ficaria difícil na capital bandeirante, tendo perdido duas chances simultaneamente, eu já sentia que não seria mais tão fácil permanecer por lá.
Nesse ínterim eu recebi um telefonema da diretora do Cenecista propondo o meu retorno. Esse contato foi decisivo para o meu regresso: iriam ser abertas inscrições para concurso para professor pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Não titubeei e, novamente, o emigrante nordestino batia em retirada da terra da garoa.
De volta ao torrão, recuperei meu cargo de auxiliar de secretaria e imediatamente fui para a cidade de Feira de Santana efetivar minha inscrição no concurso anunciado. Para alcançá-la, eu e outros colegas enfrentamos dois dias de longa fila no Colégio Estadual de Feira de Santana.
Durante o tempo que aguardei a realização das provas e a divulgação do resultado, também voltei às salas de aula do Luiz Rogério, com as disciplinas Prática de Escritório, Serviços Bancários e Inglês, no 1º Grau.
Algum tempo depois eu e as colegas inscritas (Norma Lucia Almeida, Nilda...) voltamos a Feira de Santana para sermos submetidos às provas. Hospedamos-nos novamente na casa de Dilma Pacheco. A primeira vez que lá fomos hóspedes da amiga Dilma foi  por ocasião das inscrições.
Quando foi divulgado o resultado, todos nós estávamos aprovados. Dentre os dezenove selecionados em Mairi fui o 7º colocado. Para ficar nesta classificação a Matemática foi decisiva.
Realizados os exames médicos e  os procedimentos de praxe, fui designado para a Escola Walter Cerqueira, onde trabalhei com uma classe de Alfabetização tão somente por quatro dias. Não tendo a mínima habilidade para lidar com alunos  da faixa etária da Alfabetização, fui transferido para o Colégio Cenecista que, por força de um convênio entre a SEC e a CNEC, pode absorver meus serviços de docente que lá tanto já eram conhecidos.
E assim se fez. Já era abril de 1991. Dessa data até o final de 1997 eu fiquei servindo ao Cenecista, mas já como professor do quadro da SEC. Nesses sete anos lecionei Educação Artística, Geografia, Metodologia das Ciências, Iniciação às Ciências e Metodologia da Geografia, no Curso de Magistério, e Inglês.


1998 – na Escola Durval, uma nova fase

Ao retornar das férias, em fevereiro de 1998, fui surpreendido pela notícia da expiração do Convênio SEC X CNEC. Isso significava que eu e outros colegas da rede estadual, mas a serviço do Cenecista, iríamos mudar de escola. Dito e feito. Recebi da DIREC uma correspondência designando-me para a Escola Estadual Durval Santos Silva. Obedeci, todavia fiquei desapontado. Sabia-se que essa escola era problemática.
Apresentei-me à diretora Hilda Lea e disse-lhe da minha preferência por Geografia. Não. Respondeu-me ela. A escola estava necessitando de professor de Inglês. Eu já tinha experiência com esta disciplina que, além de haver lecionado por vários anos no Cenecista, em 1994, durante três meses, no CEAM (Colégio Estadual Abelardo Moreira), substitui uma colega por motivo da sua licença.
Lecionar inglês, para mim, já não era prazeroso. O alunado não dava importância ao estudo de língua estrangeira. Mas, como há males que vêm para bem, e sem outra opção, principiei minhas aulas de inglês na Escola Durval, nos turnos matutino e noturno.
E por sete anos tenho feito aulas de inglês na Durval Santos.
Mesmo com a mudança para a escola pública, permaneci no Cenecista, no meu cargo, agora de secretário, e também como professor. Nesse estabelecimento, após 1999, trabalhei com Desenho Geométrico e Geografia, no Ensino Médio. A partir de 2000, até hoje em dia, tenho sido o titular da disciplina Espanhol, também no Ensino Médio.
Igualmente, a partir de 2000 e nessa mesma escola, de secretário passei a gerente administrativo com a função de vice-diretor incorporada à gerência.
Em síntese, minhas atividades hoje, na área da educação, são:
No Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza:
o                         Gerente Administrativo
o                         Professor de Espanhol no Ensino Médio

Na Escola Estadual Durval Santos Silva
o                         Professor de Inglês da 5ª a 8ª série.
Capítulo VI

Minha Ação Docente

Desde 1983 (21 anos já decorridos), com duas interrupções de curta duração, eu estou inserido no processo educacional, com o cargo de professor regente, na rede estadual, e como gerente administrativo, com a vice-direção agregada a esse cargo, numa unidade da rede cenecista.
O meu ingresso na educação se deu por acaso e sem o furor da vocação, porque esta nunca existiu. Quiçá tenha sido motivado pelo medo que a Matemática me fazia, fator que me desviou de outros caminhos profissionais. . Disto já disse.
Meu primeiro ano de ensino foi problemático. Disto também eu já contei. Entrementes os traumas foram superados e as feridas,  cicatrizadas com antisépticos da mais formidável eficácia: amizade pelo aluno, respeito às diferenças, responsabilidade, domínio e segurança dos conteúdos trabalhados, com nível cultural compatível com a minha função. Detentor destas características, tornei-me uma espécie de mito ou ícone da educação do município de Mairi, embora eu não seja nenhum fenômeno e nada tenha feito de especial e faraônico pela educação, tampouco tenha ganhado o prêmio Victor Civita. Fizeram uma “fama” em torno do professor José Gomes, no entanto isso não me envaidece porque não gosto de exibicionismo nem de me sentir “the best”. Por natureza e temperamento sou uma pessoa elementar e humilde. Talvez por isso eu conquiste facilmente a amizade e a confiança dos meus alunos e das pessoas, em geral.
Esse respeito profissional que me dispensam, serve-me como paliativo para os dissabores que constituem as nuvens plúmbeas que pairam sobre mim enquanto “educador”.
Em contato direto com os alunos, busco sempre, além de trabalhar conteúdos, ajuda-los no que for possível, conversar com eles, ouvir os seus problemas, aconselha-0los em situações que requerem palavras encorajadoras e animadoras.
Na lida com os conteúdos, não nego ser tradicional. Sou produto dessa tendência filosófico-pedagógica. Sou favorável às inovações e à implementação das idéias progressistas de Paulo Freire, porém aproveitando o que tem de bom no tradicionalismo.
Os ideais construtivistas e os PCNs ainda não se firmaram no cenário educacional. A cada ano acontece uma famigerada jornada pedagógica nas escolas, que de nada valem. Falam-se de coisas novas, interdisciplinaridade, etc. e tal. Não obstante, tudo fica no dito  pelo não dito porque nenhum projeto eficaz é efetivamente implementado e a tão falada interdisciplinaridade que já deveria ser uma sólida realidade fica mesmo sendo coisa de “jornada pedagógica”.
E, como diz o aforismo popular “uma andorinha só não faz verão”, eu não consigo evoluir em termos de novas tendências pedagógicas, porque a  integração de todos os fatores que  resultam no processo educacional não acontece harmoniosamente. Tento individualmente, realizar o que me é possível, mas sinto-me um grão de areia naufragando nas glaucas águas da Baía de Todos os Santos. E assim vou seguindo sendo o elementar professor José Gomes.

Capítulo  VII

Feira das Nações
meu maior projeto extra-classe

Envolvido com a educação, faz  anos, as minhas ações não ficaram limitadas às quatro paredes de uma sala de aula. Sempre gostei de colaborar com a escola  com aquilo que estivesse na esfera das minhas possibilidades. Estas permitiram-me realizar duas coisas: primeiro, montar, entre  e 5, logo nos meus primeiros anos dentro da educação, como docente, o que hoje é a FANCEM – Fanfarra Cenecista Mairiense, da qual já aludi anteriormente.
Segundo, a realização, por cinco anos consecutivos, do Projeto Feira das Nações, exitoso em todas as edições, mas que, pensando bem, foi uma gigantesca audácia da minha parte, haja vista ter mobilizado tanta gente.
A seguir, conto-lhe toda a história e apresento-lhe fotos, cartas, convites, depoimentos, reportagens, etc., desse que até agora foi o meu maior feito extra-classe, como professor

Feira das Nações:
um envolvente projeto educativo-cultural

No ano de 1995, o Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza realizou por primeira vez uma Feira Cultural que foi reeditada nos anos subseqüentes.
Inicialmente as feiras culturais do Cenecista eram modestas e limitavam-se a apresentar aspectos de conteúdos das disciplinas curriculares, sendo a gincana estudantil o ponto de ebulição em cada edição.
Em 1999, já no clima das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, foi realizada a 5ª feira cultural, que destacou de forma geral, aspectos diversos de cada uma das cinco macrorregiões brasileiras. Este evento, do qual não participei da organização (fui um mero espectador e apenas dei sugestões para alunos) teve grande sucesso e a  receptividade dos mairienses foi notória. Aquela feira demonstrou grande evolução com relação às anteriores. A criatividade dos alunos foi impressionante.
Nesse mesmo ano de 1999, estando a visitar a exposição da Região Sul, ouvi os lamentos de alguns alunos causados pelo pouco tempo que tiveram para preparar a exposição e as apresentações em palco. Apesar de tudo a Feira Brasil 500 Anos foi excelente, a tal ponto, que me empolguei e prometi aos alunos de quem escutei as lamentações, que faria o projeto para a Feira do ano  2000 e o apresentaria à escola no início do ano letivo, para que todos tivessem o tempo necessário para os preparativos.
Como o Brasil já tinha sido amplamente apresentado na cidadã edição e noutros eventos realizados pelo Cenecista, e, lembrando-me de algumas páginas do jornal A Tarde, que mostravam fotos de feiras de nações feitas por colégios da capital, e dada a minha afeição pela Geografia e pela História, disciplinas que lecionei no passado, no Cenecista, decidi fazer o meu projeto transformando o evento em feira das nações.
Selecionei alguns países de culturas bastante interessantes: Brasil (rural), Itália, Espanha, Cuba, Egito, Austrália, Peru e China. Um país para cada série, ficando o Brasil para ser apresentado pelas turmas da Alfabetização a 4ª série. Escolhi para tema central do evento a tradução do título da música do USA for África – WE ARE THE WORLD – Nós Somos o Mundo, considerando que são os diferentes povos que formam a população humana da Terra e, em que pesem as diferenças étnico-culturais, todos podem viver em paz, harmonia e com solidariedade.
Apresentei meu projeto que foi bem aceito pelos colegas e pelos discentes da Casa. Todos começaram a trabalhar para a concretização do mesmo, estabelecendo a última semana de outubro para a sua celebração.
Passei a coordenar os trabalhos e a remeter correspondências para embaixadas, consulados, emissoras internacionais de rádio por ondas curtas e a amigos  meus no exterior para a aquisição de materiais. E recebemos das embaixadas do Egito, da Itália, da Espanha e da China.
Foi formada uma comissão de professores para dirigir os trabalhos, e designados outros para coordenarem as turmas.
A grande contribuição internacional recebemos do Departamento de Português da Rádio Internacional da China, que nos enviou CDs com músicas tradicionais chinesas, mais de 600 cartões-postais da China, mais de 100 adesivos e flâmulas com o logotipo da emissora, coleções de  marcadores de páginas, broches, etc.
Contamos também com o patrocínio do Banco do Nordeste que, através do seu agente de desenvolvimento, o Sr. Ubiracy Teixeira, montou um stand no Cenecista para atendimento ao público num dos dias do evento.
E veio o tão esperado dia. Feira das nações, algo inédito por estas paragens. A solenidade de abertura, ao som de músicas típicas dos países, o simbólico concurso Miss das Nações, vencido pela aluna Letícia Oliveira, da 8ª série, representando o Egito, empolgaram a todos que assistiram. A solenidade e o concurso foram apresentados por mim e pela colega Naiá Pacheco. Grande público assistiu a tudo. Todas as pessoas ficaram entusiasmadas. Passaram-se os outros dias, com novas atrações. Alunos de todos os estabelecimentos de ensino do município de Mairi visitaram as exposições
As apresentações culturais, em palco, estavam interessantes, com destaque para a encenação da Revolução Cubana e as referentes  ao Peru, enfocando fielmente a cultura inca.

A 2ª Feira das Nações

A primeira feira das nações foi, sem falsa modéstia coroada de sucesso. O êxito da 6ª feira cultural ou 1ª feira das nações animou a todos para a realização da segunda. Não hesitei em elaborar o novo projeto. Para tema, PLANETA SONHO, inspirado na música homônima do grupo brasileiro 14-Bis, que se tornou tema sonoro. O sonho de fraternidade de Martin Luther King Jr. Também  foi por mim lembrado ao criar o tema do evento.
Selecionei os seguintes países: Brasil (urbano), para as turmas da Alfabetização a 4ª série, e para as demais classes, Jamaica, França, Marrocos, Alemanha, Equador, México e Japão.
Como no ano anterior, elaborei projetos específicos para cada turma, sugerindo o que fazer para as exposições e para as apresentações de palco. Apenas sugestões para nortear os trabalhos, deixando as classes com total liberdade para produzirem o que desejassem
Novamente o meu projeto geral foi aceito. Formou-se a nova comissão. Foram designados os coordenadores de turmas e passei novamente à coordenação e ao serviço de correspondência, buscando os indispensáveis subsídios.
Recebemos a colaboração em materiais de embaixadas em Brasília e consulados noutras cidades. Do exterior chegaram-nos contribuições da Rádio HCJB – A Voz dos Andes, de Quito, no Equador; da Rádio França Internacional e da Radio Deutsche Welle/A Voz da Alemanha. Destas últimas tivemos vários brindes (bonés, chaveiros, revistas, livros, abridores de garrafa, canetas, isqueiros, adesivos, etc.) que sorteamos para o público numa das noites da programação. A doação de A Voz da Alemanha foi muito significativa, talvez pelo fato de eu ser seu ouvinte e monitor técnico desde 1984, e foi preparada e enviada pelo Dr. Reinhold Meyer, diretor do Departamento África, e pela Sra. Annelie Johannemann, do Departamento de Informação Técnica. Da RFI, contamos com a amabilidade da Sra. Sonia, secretária do Serviço de Português para a África.
A senhora Eunice Carvajal, equatoriana muito amável e gentil, do Departamento de Português da HCJB – A Voz dos Andes, também nos enviou bonitos mapas, cartões-postais e outros materiais interessantes e úteis, e sugeriu-nos gravar alguma coisa com a participação dos alunos que apresentariam o Equador, para que ela divulgasse através do seu programa Equador Povo e Cultura, transmitido às terças-feiras. Abracei a idéia e produzi um pequeno programa de rádio, abordando aspectos gerais do Equador.
Por intermédio do professor Reinaldo Rocha, meu colega e comunicador da Rádio Morro Verde AM, de Mairi, conseguimos que o Sr. João Almeida, diretor desta emissora, fizesse conosco a gravação do programa, com a participação de vários alunos, que foi enviado para a Sra. Eunice, na HCJB, em Quito, capital do Equador, de onde, por várias datas, foi transmitido para todo o Brasil.
A partir da gravação do programa FALANDO DE EQUADOR, o colega Reinaldo sugeriu a produção e gravação de outros programas sobre os demais países da 2ª Feira das Nações. O Sr. João Almeida simpatizou com a idéia. Passei então a produzir cada um e a fazer as gravações juntamente com Reinaldo na locução, tendo a participação de alunos de todas as séries, cada um participando da locução do programa sobre o país apresentado por sua turma.
Definimos um cronograma de transmissões e a Morro Verde – A Voz Forte de Mairi, difundiu-os a cada sábado das semanas que antecederam o ápice da 2ª Feira das Nações. A realização destes programas e a parceria da Morro Verde veio se constituir numa interessante e instrutiva parte da programação.
E eis que, outra vez, na última semana de outubro de 2001 fizemos cumprir o projetado. Evoluímos muito na organização e no nível de tudo que apresentamos. A solenidade de abertura foi marcante e contou com a participação da fanfarra do Luiz Rogério, que animou um desfile no qual todos os alunos participaram vestindo trajes típicos e camisas feitas especialmente para a ocasião, além de conduzirem bandeiras, placas e outras alegorias, no início da noite, pelo centro da cidade. As “japonesas” atraíram as atenções, vestidas que estavam de belos quimonos.
O concurso Miss das Nações foi sensacional e a vencedora foi a aluna Luciana Augusto, da 8ª série, representante da Alemanha. Na primeira prova do concurso, usando um original traje típico, como que por uma mágica, ela saiu de uma grande garrafa de cerveja “Bavária”, para a vibração dos seus colegas de classe e torcedores e para o deleite de todos que assistiam ao  espetáculo.
As exposições estiveram belíssimas e toda a programação contou com o prestígio da sociedade local, que lotou o Cenecista durante todo o ensejo. Contamos também com a visita de estudantes e professores dos vizinhos municípios de Pintadas e de Várzea da Roça.
O evento foi filmado por profissionais especialistas (Evânio Carlos e Roger, da cidade de Capim Grosso), que produziram um belo documentário em fita de vídeo. Também houve reportagem publicada num jornal da cidade de Jacobina, por intermédio do Sr. Alicio leal, ex-presidente da CNEC local,  e no Circular, editado pela CNEC nacional.
Todos os países foram dignamente apresentados, com grande destaque para o Japão, a Alemanha, o Equador e a Jamaica.
Na parte de palco, os grandes destaques foram: a coreografia da música Pavão Misterioso, cantada em espanhol pelo grupo Inti-Aymará e Nacha, feita pela turma do Equador; a encenação da Queda do Muro de Berlim, cuja peça teve a minha autoria, realizada pelos alunos da 8ª série, e também a teatralização da explosão atômica de Hiroshima, feita pelos representantes do Japão.
O nosso progresso em termos de organização e produção do evento, superou as feiras culturais anteriores e alargou os horizontes culturais de todas as pessoas que se envolveram com o projeto.

A 3ª Feira das Nações

Por causa do trabalho exaustivo, arrefeci-me do intento de projetar a 3ª Feira das Nações, para o ano de 2002. Todavia, por amor à Geografia e ao “velho Cenecista”, no período de férias de fim de ano (janeiro de 2002), sem necessidade de muito tempo e esforço, repeti o esmo trabalho dos dois anos passados. Escolhi como tema PKANETA ÁGUA e a música de igual nome, do cantor brasileiro Guilherme Arantes, para trilha sonora. Pensando em aguçar a atenção das pessoas para  o problema da escassez de água na atualidade. Seguramente, um tema fácil e importante. Selecionei nove países. Além do Brasil (aquático), a Polinésia Francesa, os Estados Unidos, a Suíça, a Romênia, Israel, Grécia, Argélia e Argentina, um a mais em relação às duas edições realizadas, e todos de forte ligação com o elemento água, quer a tendo em abundância, quer tendo de enfrentar a sua escassez.
Embora tenha feito com relativa facilidade o Projeto, fiquei um tanto distanciado da idéia de tocá-lo em frente. Deixei o tempo passar até que, em meados de abril (2002) vários alunos conversaram comigo e solicitaram a festa maior do cenecismo mairiense. Os entendimentos se sucederam e resultaram pela realização da Feira, uma vez mais. Todo o ritual de organização foi cumprido. Busquei novamente a colaboração de embaixadas e consulados. Fomos atendidos pela Embaixada da Suíça, em Brasília e pelo Consulado Geral de Israel, no Rio de Janeiro. Ganhamos também contribuições na forma de materiais, da Rádio França Internacional, da Rádio A Voz da Grécia e da Radiodifusión Argentina al Exterior. Tivemos também o privilégio de contar com a contribuição de mairienses que residem no estrangeiro, a saber: Sra. Dagmar Borges, sobrinha de D. Castorina. A primeira há mais de 30 anos mora nos Estados Unidos; Iara Lima Santos, ex-aluna do Cenecista e minha e hoje vivendo em Nova Iorque, nos Estados Unidos; Enilda Sena Silva,  também ex-aluna do Cenecista e minha, atualmente residindo em Buenos Aires, capital da Argentina. Semanas antes do evento Enilda esteve em Mairi. Trouxe sua contribuição e participou de uma aula de espanhol, comigo, na 1ª série do Ensino Médio. Já falando espanhol, a ex-aluna foi entrevista pelos discentes. Foi numa aula interessante e dinâmica, que agradou a todos.
A programação da 3ª Feira das Nações começou com a série de 10 programas que produzi e apresentei, consoante a parceria entre o Cenecista e a Rádio Morro Verde, numa incondicional contribuição do seu eficiente e dinâmico diretor João Almeida, sócio deste centro educacional e que dando prova de amizade pela escola dos seus filhos, gravou e montou pacientemente os programas e os veiculou, da mesma forma que fez com o convite do Cenecista ao público, para o evento, sem qualquer ônus para o educandário. E a contribuição do Sr. João foi mais além: difundiu também  a série Planeta Água pela Rádio Viva Voz FM, da vizinha cidade de Várzea da Roça – onde eu resido -, nos dez sábados que antecederam a Feira e com repetição aos domingos. Sem dúvidas, esta programação radiofônica em duas emissoras agigantou a Feira das Nações e levou seu conteúdo mais longe.
E desta feita, uma nova data: início de outubro (dias 8, 9 e 10). Provavelmente atingimos o clímax da grandiosidade do nosso evento. Jamais se viu tanto esmero e criatividade dos alunos cenecistas. O miss das Nações foi um verdadeiro e sensacional show e muitíssimo disputado. A senhorita Laurine Rios, aluna da 2ª série do Ensino Médio, representando a Grécia, foi a escolhida por um exemplar corpo de jurados, que contou com ex-professoras da Casa, como Maria Perpétua Dórea da Costa, Marinalva dos Santos Souza e Norma Lúcia Oliveira de Almeida.
Dentre as apresentações culturais, mereceram destaque, a encenação da Criação do Mundo,pelos alunos que apresentaram Israel, e que, a pedido do público, foi reapresentada na última noite; o musical Evita, a origem do teatro, etc.
Nossas exposições  estiveram muito atraentes. Toda a família cenecista estava empolgada. Ouvi bonitos depoimentos de pais de alunos, por exemplo, o de D. Lindaaura Rios, esta, uma fiel admiradora e colaboradora, mãe de ex-alunos da Casa, mas agora avó de outros alunos.
O nosso esforço e a nossa dedicação não foram em vão. Como sempre, a assistência do público foi maciça, o que justificou o fato de nossa festa já ser tradicional, inclusive ultrapassando as fronteiras intermunicipais, interestaduais e, sem exagero, internacionais.
Desta feita tivemos a visita costumeira de estudantes e professores de Várzea da Roça, e por primeira vez dos co-irmãos cenecistas da vizinha cidade de Baixa Grande. Igualmente da cidade de Capela do Alto Alegre, de onde o grupo de dança STAR LIGHT veio participar brilhantemente, ganhando de imediato a simpatia dos mairienses.
Tivemos boa colaboração da Rádio Romênia Internacional, por intermédio do Sr. Lucian Popescu, que fez publicar na revista da Emissora Nacional Romena, uma reportagem por mim redigida, sobre a apresentação da Romênia no evento, traduzida para o idioma romeno e ilustrada com três fotos do stand da Romênia.
Nosso evento principal tem servido de espelho para outros colégios que também passaram a realizar outros similares, sob temas diversos.

A 4ª Feira das Nações

O meu Projeto para a 4ª Feira das Nações, em 2003 teve como tema MUNDO VERDE, aludindo às questões ecológicas e mais especialmente ao desmatamento.
Além do Brasil, selecionei os seguintes países: Líbia, El Salvador, Canadá, Bolívia, Suécia, Reino Unido, Índia e Portugal.
Para hino da festividade adotei duas músicas: Amazônia, de Roberto Carlos e Matança (Jatobá), de Xangai.
Novamente busquei contribuições nas embaixadas, em Brasília e nos consulados dos países componentes da 4ª Feira das Nações. Das colaborações recebidas, destaco as da Embaixada da Índia e de Portugal.
Também foi significativa a contribuição do meu amigo correspondente em El Salvador, Rafael Antonio Canjura e da Rádio BBC de Londres.
Outra vez meu projeto foi acatado pela equipe de professores cenecistas e pelos alunos, e os preparativos principiaram.
Passei a produzir e apresentar pelas Rádios Morro Verde AM de Mairi e pela Viva Voz FM, de Várzea da Roça a série MUNDO VERDE de programas sobre o tema e os países em causa. Esta série esteve no ar por três meses, sempre aos sábados, pela RMV, e aos domingos, segundas-feiras e terças-feiras, pela Viva Voz, sempre com um programa inédito para cada data (repetições, no caso da Viva Voz).
Às vésperas de iniciar as emissões da série MUNDO VERDE de programas em cada rádio, concedi uma entrevista dentro dos programas do comunicador Osias Bastos, em ambas as rádios, falando do significado da Feira das Nações – origem, objetivos, contribuições, etc. – e da importância da parceria da escola com as emissoras.
No trabalho de preparação dos programa contamos com o apoio técnico do comunicador Osias Bastos que também emprestou sua voz ao gravar preciosas vinhetas para a abertura do evento e de alguns dos seus segmentos, que muito enriqueceram a solenidade de abertura da 4ª Feira das Nações.
Veio outubro e com ele a realização da tão esperada festa.
Todas as exposições estavam bonitas e bem preparadas, com destaque para El Salvador, Índia e Portugal.
Do concurso Miss das Nações resultou eleita a representante de El Salvador, Paula Almeida, aluna da 6ª série.
O esmero das outras vezes ressurgiu mais intenso, tanto nas exposições, quanto no uso de trajes típicos, como foi o caso da guarda da rainha Elizabeth, escoceses, portugueses, etc., e nas apresentações culturais, que compreenderam a peça Romeu e Julieta, que contou com mais uma participação do ator varzeano Weverson Zuriel na Feira das Nações, danças hindus, dança do Vira português, teatralização das aparições de Nossa Senhora de Fátima e da fundação de El Salvador, e muito mais.
Num dos dias da programação, tivemos em paralelo a tudo que preparamos, houve uma exposição  científica trazida pela Escola Agrotécnica Federal de Catu, onde estudam ex-alunos do Cenecista de Mairi. Essa mostra foi muito concorrida e atraiu grande público.
Outra vez contamos com a participação do grupo STAR LIGHT que fez um entusiástico show de dança
Semanas depois, o Serviço Brasileiro da BBC de Londres, transmitiu um trecho de um dos programas de rádio que fiz sobre o Reino Unido.
A RDP Internacional – Rádio Portugal, também colaborou grandemente com o evento: a senhora Isabel Saraiva, do Núcleo de Intercâmbio e Contacto dessa emissora, enviou-nos vários e interessantes programas de língua portuguesa, músicas, literatura, etc., que, como os demais materiais provenientes de outros órgãos, foram importantes.
A SALVANATURA – Fundación Ecológica de El Salvador, também nos enviou rico material sobre ecologia e fitas cassete com músicas salvadorenhas.

Em 2004 a 5ª Feira das Nações

Ao concluir-se a 4ª Feira das Nações, imediatamente iniciei a elaboração daquele que seria o Projeto 5ª Feira das Nações. Desta feita optei pelo tema NO MUNDO DASS CIDADES e, combinei com ele a escolha da música temática, O Canto da Cidade, na voz da cantora baiana Daniela Mercury. E para países componentes, além do Brasil presente em todas as edições, os países: Tunísia, Panamá, Guatemala, Bulgária, Noruega, Paraguay, Coréia do Sul e Rússia.
Sem outro projeto concorrente, o que apresentei foi aprovado e levado avante.
Nas embaixadas brasilienses desses países busquei apoio que veio na forma de materiais impressos e discos.
Boas contribuições vieram de PANAMATUR, da Secretaria General de Turismo del Paraguay, de uma senhora russa que trabalha na Radio Deutsche Welle, por intermédio da Sra. Annelie Johannemann. Todavia a contribuição que mais me emocionou foi aquela oferecida pela Rádio Bulgária, compreendendo CDs com belas reportagens em português sobre a Bulgária, músicas folclóricas e pop, etc.
A senhora Maya Daskalova, responsável pela remessa, telefonou-me três vezes, sendo que na última mantivemos uma conversa agradável e emocionante.
Pelo fato de termos tido eleições municipais em 2004, e pelo meu ingresso na Universidade, o que tornou meu tempo mais exíguo, além do roubo do computador em cuja memória estavam os programas de rádio, a feira perdeu sua parte radiofônica. Senti falta dos programas.

E veio outubro. A programação prevista para os dias 12, 12 e 14, cumpriu-se.
Os trabalhos esmerados dos alunos compuseram belas exposições. A maquete da Catedral de São Basílio, no stand da Rússia, foi cenário para fotos de muitos visitantes. Não faltaram “tunisianos”, “panamenhos”, “búlgaros”, “russas”, com trajes típicos e “sul-coreanos” vestindo os tradicionais hanboks.
No palco tivemos apresentações culturais variadas, dentre as quais, a encenação da Revolução Russa de 1917 e da lenda de Orfeu, desfile de trajes típicos do Panamá, dança do ventre, celebração do dia de finados na Guatemala, a guerra do Paraguay, etc.
Na 5ª edição do concurso Miss das Nações foi eleita a aluna da 5ª série, Beatriz Rios, representando a Tunísia.
O Grupo STAR LIGHT, da cidade de Capela do Alto Alegre, cá retornou, sensacional como nas outras vezes.
Na manhã do último dia da 5ª Feira das Nações, realizamos a solenidade de troca da bandeira cenecista, na qual esteve presente o superintendente estadual da CNEC na Bahia.
E assim se fez a 5ª Feira das nações. Mais simplificadas, porém com o mesmo brilho das passadas.

Meu Saldo por conta da Feira das Nações

Em que pese o trabalho de projetar, coordenar e apresentar cada Feira das Nações ter sido exaustivo e até fatigante em certas ocasiões, o “saldo” para mim foi altamente positivo e satisfatório. Desenvolvi-me muito em vários aspectos.
Nesse labor estive constantemente em contato com as letras, num intenso preparar de correspondências, apostilas, leituras, criação de anúncios de rádio, cartazes e convites, discursos para a diretora do estabelecimento, redação de boa parte dos programas de rádio – a outra parte fica por conta das pesquisas – diálogos para as misses, em espanhol ou inglês (alguns em português) e os scripts das apresentações de palco.
Nas 2ª, 3ª e 4ª edições do evento tive a inédita oportunidade de, como parte da programação, produzir e com o colega Reinaldo Rocha, além de alunos, fazer locução em rádio.
Também criei um texto para cada programa, o qual, nas horas antes da transmissão, era divulgado por várias vezes pela comunicadora Vera Mendes.
Como se nota, a minha relação com a comunicação escrita e falada foi larga nas feiras das nações. E em todo esse processo, não só alunos levei instrução a milhares de pessoas, não só alunos, mas também pessoas de todo o município de Mairi e outros vizinhos, na tentativa de conscientizá-las, pelo menos quanto à questões da água e da vegetação. Um trabalho de relevância social, talvez.

Capítulo  VIII

Cursos e Seminários

Participar de cursos de reciclagem ou de seminários foi algo que sempre esteve no meu interesse. Sempre soube que através deles eu poderia melhorar a minha prática docente e adquirir novidades para os discentes.
Embora tenha 21 anos no exercício do Magistério, e apesar da vontade de participar de eventos desse tipo, até hoje as minhas oportunidades foram escassas. Alguns encontros de que participei registro neste memorial, com seus respectivos certificados. Outros eventos, bem raros, já não me vêm à memória.
A minha primeira ida ao IAT (Instituto Anísio Teixeira), foi em setembro de 2002, indicado que fui pela Escola Estadual Durval Santos silva, para representá-la no Seminário de Educação, Ética e Cidadania. Gostei bastante do Instituto e do Seminário, que foi muito dinâmico. Do seu conteúdo eu fui multiplicador em ambas as escolas onde trabalho.
De 4 a 8 deste mesmo ano regressei ao IAT para participar da VI Jornada Pedagógica – Educação: Desafios e possibilidades. O evento foi maravilhoso, organizado com esmero e bastante dinâmico. No ensejo, festejaram-se os 10 anos do IAT. Valeu a pena participar.
Nessa ocasião, fiz amizade com a colega Martinha, de Ibotirama. Com ela mantenho ótima amizade e ativa correspondência.
O último evento ligado à educação que participei até hoje foi o Seminário Nacional de Educação Comunitária, em Brasília, que aconteceu na segunda quinzena de outubro de 2003. O ponto alto foi uma sessão solene na Câmara dos Deputados Federais, comemorativa aos 60 anos da CNEC – Campanha nacional de Escolas da Comunidade, no âmbito nacional.


Capítulo IX

Nem tudo são flores ou...
O oceano de fráguas do profissional

Nunca gostei de ambientes de grandes aglomerações. Aprecio a quietude, a calma e a tranqüilidade. Nunca gostei de estar em meio a muitas pessoas, nem de lidar com público. Malgrado, por paradoxalmente que pareça, como que a cumprir uma sina, estou “mergulhado” e já perdendo o fôlego, num ambiente que reúne aquele que reputo ser o pior público: a escola.
Inconcebível, não? Um “educador” falar assim. Acontece que já são 21 anos  naufragado nesse oceano de águas revoltas, de maremotos, de furiosas correntes marinhas... É assim que me encontro: em uma turbulenta tempestade em alto mar.
Ao longo desse tempo  de mar revolto, não tenho conseguido a calmaria que desviou as caravelas de Cabral, nem tenho encontrado uma ilha de tranqüilidade, como a de Robinson Crusoé. Antagonicamente tenho visto a degradação da educação e o rumo obscuro e incerto para o qual ela está direcionada.
Talvez esta minha visão tão pessimista e dantesca, seja fruto da falta de vocação (apesar de ser aprovado como professor e de cumprir com responsabilidade e honradez a minha missão), do acaso que me pôs no Magistério, e de algum reflexo negativo dos problemas de 1983, que ficou no meu subconsciente.
Não nego que há muitos alunos bons que cumprem condignamente o seu papel. Porém, uns poucos de má índole, desequilibram e o ambiente escolar se torna , hoje em, dia insuportável.
É nesse meio que, por questão de meio de sobrevivência e pela falta de opção compatível com a minha realidade, no mercado de trabalho, sinto-me no pelourinho ou na masmorra, tendo que “ganhar” a vida num ambiente que representa para mim uma tortura psicológica, que às vezes me causa pânico e angústia.
Tenho que trabalhar com ladrões das piores estirpes, malfeitores, problemáticos, alguns dos quais podem ser considerados, sem exagero, terroristas, vândalos, gente da pesada. E não há esperança. Hoje em dia, quanto menor o aluno piores são suas ações.
A família está desintegrada. Os bons valores estão sendo banidos da sociedade, a libertinagem galopa. A desarmonia entre todos os ingredientes da educação  a tornam uma pseudo-educação. A escola está impotente.
Ironicamente, sou bem visto como profissional, sou querido, respeitado, responsável, faço bem o meu trabalho, com extrema dedicação, e como se não bastasse, também sou da esfera administrativa na área da educação.
Mas todos esses fatores positivos não superam  minha angústia e o meu antagonismo para com a educação.
Nesse oceano furioso e sem fim, a escola, vou encenando meu papel paradoxal sob o enredo das agruras e das incertezas, sem saber quando encerrar o meu drama.




26-10-2004
09:00 da manhã, aula na 5ª série, turma C. Exercícios. Gleice me chama para eu verificar se ela está indo bem na tarefa. Observei suas respostas. Tudo certo. De chofre, ela me pergunta: “Professor, por que todo mundo gosta do senhor?”

Capítulo X
Impossível no passado, possível no presente

No transcorrer do ano 2003 muito se falava dos cursos de capacitação promovidos pela SEC, para professores do seu quadro, com escolarização secundária.
A minha expectativa era grande e já vinha de longa data. Estava com vontade de estudar um curso superior. Quase no fim do ano, abriram-se as inscrições para o curso de Letras. Fí-la prontamente.
Estava com uma excursão programada para o mês de janeiro de 2004, pelo Nordeste e Norte do país. Desisti dela para concentrar minhas atenções no processo seletivo que viria em seguida.
A data do exame foi adiada de 8 para 15 de fevereiro. Nesta última, um dia de domingo, eu e mais seis colegas de Mairi, às 10 horas da manhã, seguimos para Piritiba, cidade sede da DIREC-17. Lá chegamos ao meio-dia. Não foi fácil encontrarmos um restaurante para o almoço. Conseguido, degustamos deliciosa comida, por sinal, de preço cômodo.
Às treze horas chegamos à Escola Aydil Santos Lima. Apenas 25 concorrentes da área de jurisdição da referida DIREC.
Naquele dia a tranqüilidade e a serenidade  aceitaram ser minhas companheiras. Raramente fui portador de tanta leveza de espírito e calma.
Ao receber o caderno de provas constatei que o tema da redação estava fácil. Fiquei à vontade e disccorri sobre ele, na fiel observância dos critérios para uma boa redação. Ao concluí-la, passei para as demais questões. Deliciei-me com aquelas que estavam facílimas. Encontrei resistência em algumas de Matemática (novamente Matemática), contudo administrei o tempo estipulado, dedicando-me a elas. Meia hora antes de expirar o horário, entreguei ao monitor o material com as respostas.
Deixei a Escola Aydil satisfeito e confiante de ser aprovado e ganhar uma vaga.
No dia 9 de março, minha irmã Valdira, telefonou-me desde São Paulo. Elisa, sua filha, encontrara o resultado na internet. Na lista dos aprovados constava meu nome. Alguns dias depois recebi correspondência da UNIFACS, informando-me da minha classificação na 7ª colocação  no grupo dos 500 aprovados. Fiquei surpreso pela posição. Jamais me preocupei em  ficar nas primeiras posições. Para mim, conquistar a vaga era o mais importante.
Passaram-se outros dias e regressamos a Piritiba, eu e minhas colegas de Mairi, que também lograram aprovação, para procedermos a matrícula.
E, na primeira semana de maio tivemos no IAT o primeiro encontro presencial. Naquela oportunidade fomos conhecer uma das unidades da Universidade Salvador. Tudo era novidade. Para mim o curso superior que eu sempre achei impossível começava, 21 anos após eu concluir o curso secundário.
Comecei os estudos. Transcorrido um mês fui fortemente abalado pelo desânimo. Minhas atividades pareciam não ter nexo. Sentia estar fazendo asneiras, coisas inúteis. Mas, eis que, ao receber as primeiras atividades corrigidas, os comentários de alguns tutores, disseram-me o contrário. Eis alguns deles:
“... vez que o nível dos trabalhos apresentados por você atende plenamente aos objetivos propostos. Continue mantendo esse padrão.”
Parabéns!
Cristina Sena

“Oi, José, é mesmo uma felicidade a minha tê-lo como aluno, afinal de contas estou me relacionando com alguém que tem 20 anos de profissão e por isso repito que é um imenso prazer...”
Arthur pinto

“Bom texto! Rico em conteúdo e articulação das palavras”
Liege Araújo, referindo-se à minha 1ª atividade de PPP 1

“Oi, José! Inicialmente gostaria de manifestar minha satisfação em ler o seu texto. Sua redação é muito boa e faz com que o leitor não se canse, pois o texto flui suavemente. Pude perceber que você possui além da facilidade de redação, uma visão crítica e consciente sobre as mudanças culturais de sua região.
Pude perceber o quanto você desenvolveu seus argumentos e capacidade de articulação com as outras disciplinas.”
Karen Sasaki, referindo-se à minha atividade 4 de PPP 1.

Estas análises me fizeram-me reencontrar o ânimo perdido e renascer o meu gosto pelo Curso. Antes, sentia-me como aquele indivíduo que opta por um curso e ao iniciá-lo descobre está na área errada.
Com o entusiasmo recuperado, continuei aplicado como antes. Ao final do fluxo 1, novos comentários vieram se somar aos anteriores, deixando minha auto-estima no ápice do Aconcágua. Veja mais alguns
“Parabéns! Você é um aluno nota 10”
Cristina Sena

“José, você evidenciou através do cumprimento das atividades, além do empenho e responsabilidade, uma capacidade de apreensão dos conteúdos apresentados, de interação com as temáticas e de conseqüente transformação das novas informações em conhecimentos assimilados. Parabéns!”
Cristina Sena

Aludindo à última atividade de PPP 1, feita em grupo, da qual eu fui o “engenheiro”: parabenizar a todos pelo excelente trabalho desenvolvido... Vocês entregaram um belíssimo álbum mergulhado de emoções, lembranças e tradições.
A redação de José, durante todo o nosso curso, foi sempre de elevado requinte lexical. Enfim, vocês conseguiram articular a história de vida de cada um à realidade acadêmica, comprovando que o conhecimento acadêmico e o popular não só podem, mas necessitam caminhar juntos.
Parabéns!”
Karen Sasaki


No segundo encontro presencial, no auditório  do IAT, por acaso, encontrei-me com a professora Karen Sasaki, tutora da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica ! – PPP, para mim. Eu não a conhecia já que o curso é semi-presencial. Por um curto tempo conversamos. Mas foi tempo bastante para saber que excelente pessoa ela é. Uma declaração dela: Eu sempre ficava na expectativa da chegada de suas atividades...”
Feita a prova e realizadas as atividades presenciais, retornei da capital confiante de passar em todas as disciplinas do fluxo 1 sem ter de fazer qualquer recuperação.] Mas, pra não dizer que só falei de flores, eis que o resultado do mencionado fluxo acusou-me em estado de recuperação de Cultura Brasileira, a disciplina com a qual mais me identifiquei e tive maior afinidade. Equívoco no Núcleo. Feitos os contatos, a questão foi resolvida prontamente e a minha previsão de passar em todas, concretizou-se.
Até o presente não verifiquei reflexos do meu estudo superior no exercício da minha profissão, justamente pelo pouco tempo de vivência que tive no referido curso. Foram só 5 meses de atividades acadêmicas. Veio o encerramento do ano letivo de 2004 e o de 2005 só terá início no dia 28 de fevereiro. Suponho que com a seqüência dos fluxos, conseguirei a maturidade e o aprimoramento dos meus conhecimentos, além da consecução de outros e, conseqüentemente, os reflexos das minhas atividades acadêmicas serão percebidos facilmente na minha prática pedagógica.
No que concerne à utilização das novas tecnologias em sala de aula, lamentavelmente isso ainda não é uma realidade. Trabalho numa escola que se quer tem um dicionário de língua inglesa, disciplina que leciono. Já participei de um curso de Telepedagogia em Sala de aula, faz 04 anos , na sede da DIREC – 17, em Piritiba, e agora, como professor/aluno, tive a primeira etapa do curso de informática básica, ministrado no NTE-14, na cidade de Jacobina. Mas a escola não dispõe dos equipamentos necessários nem do ambiente físico para usá-los.
A minha boa vontade de fazer melhorar, evoluir e crescer a minha prática pedagógica não é o bastante. Trabalhar com língua estrangeira não é tão fácil e a primeira barreira é o descrédito que a maioria dos alunos dá à disciplina. Os alunos que não têm interesse por idiomas, costumam dizer: “– Não vou para os Estados Unidos.”,” – Para que quero aprender inglês?” Por mais que se tente conscientiza-los, eles se mantêm arredios.
Como o maior percentual dos alunos representa os que são extremamente carentes (a população de Mairi está abaixo da linha de pobreza, segundo dados do Banco do Nordeste), uma elementar apostila de menos de R$ 3,00, a cada unidade, fica inviável para eles. Comprar livros didáticos e paradidáticos é algo impensável. O PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) não oferta livros de Inglês.
Diante da falta de recursos didáticos para fazer o ensino, vou realizando o que me é possível, almejando que um dia tudo seja feito como deveria realmente ser.
A oportunidade de está cursando o 3º Grau é para mim como ter ganhado um polpudo prêmio de loteria.
Estou imensamente satisfeito por ser aluno da UNIFACS e pelo apoio que a SEC-BA tem dispensado para mim, para o meu aprimoramento e conseqüente melhora da educação na Bahia.
Oxalá, doravante eu possa obter o mesmo êxito do fluxo 1 ou até superá-lo. Meu aproveitamento foi satisfatório em se tratando de fluxo 1, fase de adaptação ao curso, e pelas dificuldades que também surgem no processo.


Capítulo XI

Minhas dificuldades
enquanto estudante de Letras

O Curso de Licenciatura em Letras Português/Inglês a Distância veio a ser uma oportunidade ímpar para mim. Agradou-me o seu formato. Todavia algumas dificuldades surgiram desde o seu início. Primeiro, a falta de aulas explanativas tem dificultado o perfeito entendimento dos conteúdos.
Apesar de gostar de idiomas e de escrever, não me sinto à vontade diante de interpretações de textos profundamente literários ou de linguagem de altíssima erudição.
Sou portador de deficiência visual, em que pese faça o meu trabalho e meu estudo normalmente. Mas longas leituras me prejudicam sobremaneira.
Sou aluno off line e estou satisfeito por sê-lo. Pretendo continuar assim, off line, se me permitirem. Diante da minha deficiência, o uso do computador deve ser sempre restrito a atividades que não careçam de muito tempo na frente do monitor. Daí a razão de querer continuar off line, embora  reconheço ser o sistema on line dinâmico e mais proveitoso.
A falta de livros adotados para leitura é outra dificuldade sentida. Da maneira como são reproduzidos os textos complementares das disciplinas, o IAT deveria fazer com os livros indicados e fornecer-nos.
Trabalhar 60 horas semanais torna o tempo por demais exíguo para cumprir tudo.
Além de tudo, a minha semana eu a divido com duas cidades: Várzea da Roça, onde tenho minha residência e fico sábados, domingos e feriados, e Mairi, onde trabalho, de segunda a sexta-feira.
Em Mairi, divido-me para as duas escolas onde trabalho. Independentemente do Curso de Letras, estas divisões são-me nocivas porque me sinto nômade, cansado, com bolsa para lá e para cá, etc.
Mesmo assim, e apesar de podas as vicissitudes, obtive um ótimo resultado no fluxo 1. Mesmo cumprindo o estudo aos trancos e barrancos “passei” em todas as disciplinas.
Alguns alunos têm a curiosidade de saber como estou indo nos estudos. Outros dizem que eu não preciso estudar por que já sei tudo. Exagero deles.
Pelo exposto, o meu desempenho condiz com a minha dedicação e, por ter sido o fluxo 1 a fase de adaptação, e levando-se em conta as dificuldades enfrentadas, fui premiado com um ótimo aproveitamento.
As atividades realizadas aprimoraram conhecimentos preexistentes e as avaliações ao trazerem-me bons comentários dos professores, injetaram-me mais ânimo e vontade de avançar.
Espero que daqui por diante eu consiga o desempenho acadêmico que atenda aos objetivos do Curso e que seus reflexos venham a ser a cobertura e o recheio da minha prática docente.


Capítulo XII

Uma Interrogação

O que a pesquisa da história de vida pôde significar para o fortalecimento da sua identidade profissional?

Rememorar fatos, situações e experiências já vivenciadas, e aglutiná-las num só ambiente de armazenagem, e rotulá-las como o Memorial de um elementar professor, tem sentido salutar na minha vida profissional hoje.
Recriando ou reinventando a minha própria história, enquanto servo da educação, posso tirar proveito daquilo que foi profícuo outrora, como também posso corrigir desdizes e lapsos involuntário e lapidar as minhas ações no trato com o educando.
A pesquisa da minha própria identidade como professor, proporciona-me a chance de repensar e rever a minha prática profissional, buscando a sua remodelagem, o seu aprimoramento e adequação ao atual momento histórico da educação baiana e brasileira, por extensão.
A educação é dinâmica. Oscila sempre. Nessa “onda” precisamos surfar com segurança. Para tanto, o aperfeiçoamento e a busca de novas práticas que atendam às necessidades dos educandos, fazem-se mister.
Direcionando o meu olhar para o meu passado, vejo que não fui nenhum fenômeno, não realizei nada de extraordinário, sempre fui do tradicional porque foi de lá que vim. Todavia, jamais virei as costas para as inovações e mudanças benéficas à educação.;
A pesquisa da minha história de vida pôde significar a abertura de uma porta para que eu vislumbre um horizonte de melhores oportunidades e crescimento profissional tanto para mim quanto para a nossa educação tão frágil e carente de melhores profissionais.


Capítulo XIII
Minhas Formações

Até o capítulo anterior o que escrevi ainda foi  no início da Graduação. Agora, incluo neste novo capítulo, minhas formações concluídas, as que estão em curso e outras atividades que realizei na área da Educação.

Formação Profissional:

  1. Especializado em Mídias na Educação, pela Universidade  Estadual do sudoeste da Bahia/UESB, curso concluído em janeiro de 2013. – C. H. de 360 h

  1. Pós-graduado (especializado) em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola, pela Faculdade de Ciência e Tecnologia/FTC. Curso concluído em 2010. Carga Horária: 450 horas.

  1. Curso de Capacitação Profissional em Práticas Pedagógicas, pela Universidade de Brasília/UnB, de novembro de 2012 a abril de 2013. C. H. 120 h

  1. Licenciado em Letras Português/Inglês pela Universidade Salvador/UNIFACS. Ano de conclusão: 2008. Carga Horária: 3.272 horas.

  1. Curso Gestar II (Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar) – Língua Portuguesa, ofertado pelo MEC e ministrado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira/IAT, concluído em 07 de agosto de 2010, com Carga Horária de 363 horas.

  1. Curso de Formação de Gestores Escolares , realizado de setembro a novembro de 2008, pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB – C. H. 120 h

  1. Magistério de 1º Grau, cursado no Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza, e concluído em 1982, com 2.730 horas.

Outros Cursos e Eventos na Área Educacional:

  1. Cursando Aperfeiçoamento em Tecnologias Educacionais, pela Universidade do Estado da Bahia/UNEB.

  1. Cursando “Leitura Vai, Escrita Vem” pelo programa Olimpíada de Língua Portuguesa

  1. Cursando Formação de Professores – Pacto Pelo ensino Médio. Curso ofertado pelo MEC

  1. Conferência Municipal de Mairi, em 29 de maio de 2013, na qual fui eleito em primeiro lugar para o posto de delegado do Município nas seguintes conferências Territorial e Estadual.

  1. 1ª Conferência de Educação do Território da Bacia do Jacuípe, realizada na Cidade de Riachão do Jacuípe-BA, em 11 de junho de 2013, da qual participei como delegado do Município de Mairi.

  1. Conferência Estadual de Educação, realizada de 09 a 11 de outubro de 2013, em Costa do Sauípe, na qual estive como delegado do Município de Mairi.

  1. Curso Irê-Ayó: Educação das Relações Étnico-raciais. Ministrado pela SEC/BA /IAT, de 120 horas, concluído em dezembro de 2008.

  1. Seminário Educação Ética e Cidadania, realizado no Instituto Anísio Teixeira/IAT, em agosto de 2002, com 40 horas.

  1. IV Jornada Pedagógica – Educação Desafios e Possibilidades. Promovida pelo Instituto Anísio Teixeira e lá realizada, em novembro de 2002, comemorativa aos 10 anos dessa entidade. Carga horária: 40 horas.

  1. Oficina Telepedagogia em Sala de Aula. Ministrado pelo Instituto Anísio Teixeira/IAT, em novembro de 2000, com 40 horas.

  1. 1ª Conferência Regional de Educação, promovida pela SEC-BA e Direc 17, 22 e 23 de novembro de 2007.

  1. 1ª Conferência Estadual de Educação, promovida ela SEC-BA, de 13 a 15 de dezembro de 2007, da qual participei como delegado da Direc 17.

  1. Congressista no Seminário Nacional de Educação Comunitária e VII Encontro Nacional de Diretores, promovido pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade/CNEC, em Brasília, de 15 a 17 de outubro de 2003.

Atividades Profissionais Atuais:

Desde 2005 – professor de Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Redação  (Ensino Médio)  do Colégio Estadual Abelardo Moreira/CEAM. Em Mairi – Bahia.

Atividades Profissionais que já desenvolvi:

De fevereiro de 2011 a novembro de 2012, secretário do Grupo Escolar Getúlio Vargas – Mairi – Bahia.

De janeiro de 2009 a janeiro de 2011 – secretário acadêmico do Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza, Mairi – Bahia, tendo exercido a função de auxiliar de secretaria de 1983 a 1999.

2009 – de janeiro a junho – vice-diretor do Colégio Estadual Abelardo Moreira/CEAM, Mairi – Bahia - eleito no pleito de 17.12.2008.

De 2000 a 2008 – Gerente Administrativo e Financeiro do Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza, Mairi – Bahia.

De 1998 a 2008 – professor de Língua Espanhola nas classes do Ensino Médio do Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza, em Mairi – Bahia.

De 1998 a 2004 – Professor de Língua Inglesa do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série), da Escola Estadual Durval Santos Silva, de Mairi.

De 1983 a 1997 - Professor do Centro Educacional Cenecista Luiz Rogério de Souza – Mairi – Bahia - período em que lecionei: Organização Social e Política do Brasil/O.S.P.B, Educação Moral e Cívica/E.M.C., História, Geografia, Educação Artística, Prática de Escritório, Serviços Bancários, Metodologia das Ciências, Iniciação às Ciências, Metodologia dos Estudos Sociais, Língua Inglesa, em séries do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Curso de Magistério.


Várzea da Roça – Bahia,  novembro de 2014.

José Gomes da Silva
Professor