segunda-feira, 5 de junho de 2017



ACONTECE NAS CIDADES

Geralmente as pequenas cidades surgem a partir de povoados que cresceram fisicamente e que, por isso, ganharam autonomia político-administrativa, isto é, o status de cidades.
Pelo fato de terem nascido de forma natural, espontânea, essas cidades apresentam traçado irregular, com umas ruas estreitas, outras mais largas, por exemplo.
O fato de não serem planejadas não é parâmetro para que não sejam  urbanizadas, pavimentadas e cuidadas pela administração pública municipal.
É fato que as entradas dessas  cidadezinhas apresentam como primeira cena de cartão-postal  ferros-velhos, lava-jatos e borracharias. Se a primeira impressão é a que fica, fica então, na mente de quem chega ou de quem sai dessas pequenas urbes, a imagem de  uma paisagem feia, sem estética nem organização, manchada por graxas e óleo derramados e veículos velhos em processo de “decomposição”.
Nas zonas mais centrais dessas sedes municipais outra coisa acontece: donos de estabelecimentos comerciais ampliam a área  física para os seus negócios invadindo o espaço público ao armar  barracas e expor mercadorias ou colocar mesas e cadeiras para serviço de restaurante ou de bar.
Não é que se seja contra ao fato de as pessoas desenvolvem suas atividades laborais, não. Mas elas devem ter sã consciência de que o espaço público é coletivo e, como tal, não pode ser “privatizado” mediante gratuita concessão das autoridades locais, por mera afinidade política.
As vias públicas dêem ser usadas para o fluxo de todos os habitantes, e não serem ocupadas por particulares na sua corrida ao lucro.
É imprescindível que o prefeito de cada cidade, auxiliado pelos seus secretários e, quiçá, os edis, planejem a organização espacial, fiscalizem e tornem menos subdesenvolvidos esses espaços geográficos elaborados e ocupados pelo homem.
Esse processo de “privatização” de espaços em frente de estabelecimentos comerciais poderá com o tempo reduzir as áreas de circulação de pessoas e veículos, como também contribuir para a ocorrência de acidentes.
Quem pretende ampliar seus negócios que adquira espaços que legalmente sejam seus. Quem é gestor público que atente para as irregularidades da cidade, corrigindo-as para o bem-estar da coletividade.