Da série,
pequenos diálogos de mãe para filho:
- Mamãe,
quando você era criança já existia computador?
- Já, mas
não na casa das pessoas. Computadores eram uma realidade distante do cotidiano,
só grandes empresas, a Nasa e centros de alta tecnologia tinham computadores e
eles eram gigantes, do tamanho de uma sala.
- Então
você não navegava na internet?
- Não (risos)
a internet só entrou na minha vida de uns dez anos para cá. Acho que sou mais
velha que a internet. Pelo menos que essa internet que todo mundo usa.
- E
também é mais velha que o google, que o celular, que o mp3, que o i-pod…
- É isso
aí, sou mais velha que isso tudo, obrigada por me lembrar. Não sou como você,
que nasceu dentro de toda essa tecnologia. Acho até que meus netos vão nascer
pelo twitter.
- Oxe
mamãe, tá maluca! Como alguém pode nascer pelo twitter?
- Você
fica twitando na sala de parto e todos os seus seguidores ficam dando a maior
força pra sua mulher, na hora em que ela estiver parindo. Já existiram casos de
bebês que nasceram em rede nacional, via transmissão de TV, o meu neto vai
nascer em transmissão global, via twitter.
Silêncio,
enquanto a imaginação projeta esse futuro ainda tão remoto (o de ter filhos),
mas tão provável (o de crianças nascendo pelo twitter).
- Mamãe,
se você não é tecnológica como eu, o que você é?
-
“Migrante digital”
- heim?!
- Uma
retirante do mundo exterior, que transita meio perdida, meio achada na web e
que vive entrando e saindo da rede, porque não consegue viver sem o mundinho
besta aqui de fora.
-
Entendi.
- Jura!?
Entendeu mesmo? Porque eu não entendo…
Baseado em fatos reais.
Acessado
em: 25/01/2013.
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