ACONTECE NAS CIDADES
Geralmente as pequenas cidades surgem a partir de
povoados que cresceram fisicamente e que, por isso, ganharam autonomia
político-administrativa, isto é, o status de cidades.
Pelo fato de terem nascido de forma natural,
espontânea, essas cidades apresentam traçado irregular, com umas ruas
estreitas, outras mais largas, por exemplo.
O fato de não serem planejadas não é parâmetro para
que não sejam urbanizadas, pavimentadas
e cuidadas pela administração pública municipal.
É fato que as entradas dessas cidadezinhas apresentam como primeira cena de
cartão-postal ferros-velhos, lava-jatos
e borracharias. Se a primeira impressão é a que fica, fica então, na mente de
quem chega ou de quem sai dessas pequenas urbes, a imagem de uma paisagem feia, sem estética nem
organização, manchada por graxas e óleo derramados e veículos velhos em
processo de “decomposição”.
Nas zonas mais centrais dessas sedes municipais
outra coisa acontece: donos de estabelecimentos comerciais ampliam a área física para os seus negócios invadindo o
espaço público ao armar barracas e expor
mercadorias ou colocar mesas e cadeiras para serviço de restaurante ou de bar.
Não é que se seja contra ao fato de as pessoas
desenvolvem suas atividades laborais, não. Mas elas devem ter sã consciência de
que o espaço público é coletivo e, como tal, não pode ser “privatizado”
mediante gratuita concessão das autoridades locais, por mera afinidade
política.
As vias públicas dêem ser usadas para o fluxo de
todos os habitantes, e não serem ocupadas por particulares na sua corrida ao
lucro.
É imprescindível que o prefeito de cada cidade,
auxiliado pelos seus secretários e, quiçá, os edis, planejem a organização
espacial, fiscalizem e tornem menos subdesenvolvidos esses espaços geográficos elaborados
e ocupados pelo homem.
Esse processo de “privatização” de espaços em frente
de estabelecimentos comerciais poderá com o tempo reduzir as áreas de
circulação de pessoas e veículos, como também contribuir para a ocorrência de
acidentes.
Quem pretende ampliar seus negócios que adquira
espaços que legalmente sejam seus. Quem é gestor público que atente para as
irregularidades da cidade, corrigindo-as para o bem-estar da coletividade.